Terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de outubro de 2019
Após protestos perto do Palácio Carondelet, o presidente do Equador, Lenín Moreno, decidiu por mudar a sede do governo da capital Quito para a cidade costeira de Guayaquil. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (7) em pronunciamento por rádio e televisão, já transmitido da nova capital.
Desde a disparada no preço de combustíveis, que foi provocada pelo fim dos subsídios decretado pelo governo, o país enfrenta uma onda de protestos. A medida atende a um acordo assinado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a concessão de um empréstimo de US$4,2 bilhões.
Na última quinta-feira (3), o Equador decretou estado de exceção, o que permite o envio de militares para controlar os protestos. De acordo com as autoridades, as manifestações já deixaram um civil morto, 73 feridos, incluindo 59 agentes de segurança, e 477 detidos – a maioria por vandalismo.
No pronunciamento desta segunda, Moreno reiterou que não voltará atrás nos ajustes econômicos. Ele disse que o antecessor, Rafael Correa, e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, querem desestabilizar o governo. O ex-presidente equatoriano, que governou entre 2007 e 2017, está atualmente na Bélgica. Moreno foi eleito em 2017 pelo partido de esquerda Aliança País, apoiado por Correa.