Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de outubro de 2019
Um protesto no centro de Paris buscou a atenção das pessoas para a violência doméstica. Centenas de mulheres participaram do chamado protesto “die-in”.
No movimento que aconteceu neste final de semana, as manifestantes mostraram cartazes com os nomes das vítimas francesas e caíram no chão, antes de levantar e cantar “nem uma a mais”.
De acordo com associações locais, acredita-se que mais de 120 mulheres foram assassinadas como resultado direto de violência doméstica na França.
Sardine Bouchait, que lidera a associação de vítimas e que também é irmã de uma vítima queimada até a morte, em 2017, vítima do seu parceiro, na frente da sua filha de sete anos, afirmou que o número de mortes é inaceitável.
Sexismo no trabalho
Estudo aponta que 60% das mulheres na Europa já sofreram sexismo no trabalho.
O relatório do Instituto Francês de Opinião Pública afirmou que 21% das mulheres passaram por essas situações no ano passado e 42% nos últimos 30 anos. Ainda de acordo com a enquete, 11% das entrevistadas afirmaram terem tido relação sexual “forçada ou indesejada” com alguém de seu círculo profissional.
Das que afirmaram terem sido pressionadas a realizar atos sexuais, apenas 16% denunciaram o caso a algum superior, ou sindicato de sua categoria.
Para os autores do estudo, este número “destaca a zona cinzenta que pode existir em torno do consentimento”, quando este é “obtido em um contexto de subordinação, intimidação, ou manipulação”.
A pesquisa foi aplicada em abril de 2019, de forma on line, com mais de cinco mil mulheres que englobou englobou França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Espanha.