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Armando Burd Lição de um mestre

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Tancredo Neves. (Foto Divulgação/Senado Federal)

O conteúdo de manifestações de Tancredo Neves precisa ser repassado ao núcleo do poder em Brasília. Talvez ajude. Uma delas: São as ideias que devem brigar, não os homens. Você não pode fazer política sem emoção. Mas as decisões e a política são todas cerebrais. Os que não as praticam em termos de um ato de discernimento intelectual acabam sempre fracassando”.

Receita insuficiente

Desde 1º de janeiro até o dia 24 deste mês, o governo do Estado arrecadou 53 bilhões e 150 milhões de reais em tributos. Pagou 56 bilhões e 100 bilhões. O déficit de 2 bilhões e 950 milhões explica os atrasos de salários e de prestadores de serviços.

Constatação tardia

Na roda do cafezinho, ontem, um economista comentou sobre a situação das finanças do governo do Estado: “Colhemos o amargo fruto que nossa omissão ajudou a semear.”

Sem camuflar

As dívidas refletem a situação do poder público. Trata-se de uma organização assentada sobre estruturas patrimonialistas e revestida com reboco de Estado moderno.

Ativos em minoria

Ao final de 2018, as administrações direta e indireta do Estado do Rio Grande do Sul totalizaram 364 mil e 421 matrículas: 148 mil e 813 de ativos (40,8 por cento do total), 169 mil e 451 de inativos (46,5 por cento) e 46 mil e 157 de pensionistas (12,7 por cento). De cada 10 matrículas, quatro são de ativos e seis de aposentados e pensionistas.

Novo balanço sairá nos próximos dias.

Quem conseguirá?

Na campanha de 2020, o desafio dos partidos será convencer a parcela esclarecida da população que as questões públicas relevantes não serão tratadas em função de interesses político-eleitorais. Mesquinhos na maioria das vezes.

Caminho equivocado

As coligações partidárias para os legislativos, que agora estão proibidas, produziram aberrações. O eleitor vinha a saber que seu voto conduziu à Câmara Municipal não o seu candidato, nem outro do partido de sua preferência, mas um terceiro inscrito por uma das siglas com a qual foi feita a aliança.

Vai mudar

Marqueteiros começam a se convencer que o falso jornalismo, que encena entrevistas, não poderá mais ser usado nos programas de propaganda eleitoral de 2020. Pesquisas, feitas nas últimas semanas, mostram que os telespectadores e ouvintes de rádio não se iludem mais com a naturalidade forçada.

Fora de linha

Outro recurso que as pesquisas condenam são as carreatas com candidatos de braços abertos à frente em caminhonetes, sorriso amarelo e o som irritante de buzinas.

Não é pedir muito

Temas indispensáveis na próxima campanha eleitoral: o fim do individualismo egocêntrico, o compadrio, o mandonismo, o fisiologismo e a corrupção.

Pedras no caminho

As empresas enfrentam obstáculos para abertura de novas vagas de trabalho. Dois deles: a burocracia que emperra e a voracidade tributária.

Dia de decisão

Cristina Kirchner, candidata a vice-presidente, deu um tiro no pé às vésperas da eleição. Criticou Alberto Fernández, cabeça de sua chapa, por querer indicar o economista Martín Redrado para integrar a equipe, caso vença. Ele foi demitido do Banco Central durante seu governo.

Hoje, 33 milhões de argentinos vão às urnas para dar mais quatro anos ao presidente Mauricio Macri ou fazer retornar o peronismo populista ao poder.

Característica

O presidente norte-americano Franklin Roosevelt costumava dizer: “Um radical é um homem com os dois pés firmemente plantados no ar.”

Triste realidade

No setor público, ninguém admite diminuir o espaço do Jardim das Delícias.

 

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