Quinta-feira, 06 de março de 2025
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2019
O FED (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, reduziu a taxa básica de juros norte-americana em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 1,5% e 1,75%. A terceira queda do ano foi anunciada nesta quarta-feira (30) após reunião do Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC, na sigla em inglês).
No comunicado, o Fed voltou a apontar que o mercado de trabalho norte-americano continua forte, com a taxa de desemprego seguindo em patamar considerado baixo. Além disso, o Fed citou que a economia segue crescendo moderadamente. O documento também voltou a citar a fraqueza da pressão inflacionária nos Estados Unidos e as perspetivavas sobre a economia global.
O FOMC informou que vai continuar avaliando os dados sobre a economia norte-americana para decidir os próximos passos da política monetária no país. No entanto, foi retirado do texto o compromisso de “atuar para apoiar o crescimento”, o que pode ser interpretado como uma pausa no ciclo de corte de juros.
Força e riscos da economia dos EUA
Nesta quarta-feira, o escritório oficial de estatísticas do país (BEA) informou que o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA cresceu a uma taxa anual de 1,9% no terceiro trimestre deste ano, segundo dados preliminares. Já a taxa o desemprego no país está próximo da mínima de 50 anos, em um cenário que também inclui inflação moderada, perto de 2% em 12 meses.
Mas partes da economia, particularmente a indústria, sofreram nos últimos meses conforme a economia global desacelera. Segundo a agência Reuters, as empresas reduziram os investimentos em resposta à guerra comercial entre EUA e China em que ambos elevaram tarifas, e também tornaram o mundo um lugar mais arriscados para fechar compromissos de longo prazo.
Embora isso ainda não tenha tido um impacto óbvio nas contratações ou gastos dos consumidores dos EUA, autoridades do Fed sentiram que uma rodada de cortes de juros “de segurança” era apropriada para proteger contra um resultado pior. A abordagem teve sucesso na década de 1990, quando os riscos evoluíram para outro período prolongado de crescimento econômico.