Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 20 de novembro de 2019
O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) permanece internado no Hospital Sírio-Libanês em Brasília, após passar mal no plenário do Senado Federal na última terça-feira (19). O estado de saúde do parlamentar foi atualizado na manhã desta quarta (20) e, segundo a equipe médica, “não há previsão de alta”.
“O paciente foi submetido a avaliação neurológica e segue estável, em observação clínica”, diz trecho do boletim médico.
Após Kajuru passar mal, o Senado suspendeu, por alguns minutos, a sessão que debatia a proposta de emenda à Constituição conhecida como “PEC paralela” da Reforma da Previdência. Nas redes sociais do político, a assessoria informou que ele é diabético e teve uma convulsão.
Jorge Kajuru foi atendido ainda no plenário pelo serviço médico do Senado e teve que ser retirado do local de maca. A sessão foi retomada instantes após o atendimento.
Leia íntegra do boletim médico:
“O senador Jorge Kajuru deu entrada na noite de ontem, dia 19 de novembro, no pronto Atendimento do Hospital Sírio Libanês, em Brasília. O paciente foi submetido a avaliação neurológica e segue estável, em observação clínica. Não há previsão de alta.
O senador é assistido pela equipe neurológica, liderada pelo Dr. Mauro Takao Suzuki, do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília.”
PEC paralela
Os senadores concluíram, na noite de terça-feira (19), a aprovação da chamada PEC paralela, que inclui os estados e os municípios na reforma da Previdência. Fizeram mudanças que reduziram a economia da proposta.
Dos quatros destaques, apenas um foi aprovado: o que altera o cálculo do valor que cada aposentado vai receber, mudança que vale para os trabalhadores da iniciativa privada, servidores públicos e militares. Foi criada uma regra de transição com um prazo de cinco anos.
Até o fim de 2021, serão considerados 80% das maiores contribuições, como era antes da reforma. A partir de primeiro de janeiro de 2022, essa média sobe para 90% e chega a 100% em janeiro de 2025. Mudança que vai reduzir a economia prevista com a reforma em cerca de R$ 20 bilhões em dez anos.
Perda, que segundo Fernando Bezerra, o líder do governo no Senado, será compensada com o aumento de receita: “A PEC paralela tem um impacto fiscal neutro. Por quê? Porque ela também agrega receitas. Na perspectiva de arrecadar em dez anos de receitas novas algo como R$ 75 a 80 bilhões. Desses 75 a 80 bilhões de receita nova, tem uma parte expressiva que advém da taxação previdenciária sobre o agronegócio exportador”.
Quando a reforma da Previdência foi discutida na Câmara, a chamada bancada ruralista conseguiu barrar a proposta de taxar as exportações rurais. Com a aprovação no Senado em dois turnos, a PEC paralela vai agora para a Câmara, onde também precisa ser votada em dois turnos. Se aprovada, aí sim, as novas mudanças entram em vigor. E são muitas.
Além de incluir os servidores públicos de estados e municípios nas novas regras de aposentadoria da União, os senadores também fizeram mudanças nos critérios de transição para as mulheres. No caso de aposentadoria por idade, o texto prevê idade mínima de 60 anos a partir de 2020, com transição gradual de seis meses a cada dois anos, até atingir 62 anos.
A reforma que já está em vigor prevê que a idade mínima da mulher subirá seis meses por ano, a partir de 2020, até chegar a 62 anos em 2023.