Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de novembro de 2019
A fala de Bolsonaro durou quase sete minutos e lembrou muito seus discursos de campanha
Foto: Marcos Corrêa/PRO presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (30) que não descansará enquanto “todos os países irmãos não respirarem democracia e liberdade”. Ele participou da cerimônia de formatura de 425 cadetes na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), em Resende, no Vale do Paraíba. Entre os formandos havia 11 estrangeiros, entre eles, militares do Uruguai e Paraguai.
“Parabéns a todos vocês, militares das nações amigas, em especial da nossa América do Sul. Nós não descansaremos enquanto todos os países irmãos não respirarem democracia e liberdade. Também países irmãos, que nossos povos não se deixem iludir ou persuadir pela facilidade. A democracia e liberdade são nosso oxigênio”, afirmou Bolsonaro em discurso.
Aplaudido quando foi anunciado, Bolsonaro se formou na Aman em 1977. Ele estava acompanhado do vice-presidente Hamilton Mourão, que se graduou na academia em 1965; pelo ministro da Defesa, Azevedo Silva (formado em 1976); e pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno (graduado na Aman em 1969). A primeira-dama Michelle Bolsonaro também esteve presente ao evento.
No discurso, ele lembrou dos tempos em que esteve na Aman e disse aos formandos que eles teriam sempre na memória os momentos passados na Academia, antes de se tornarem oficiais do Exército.
O presidente afirmou que, no fim de 2014, falou que mudaria o destino do Brasil, “mas não sozinho”. A partir dali, começou a colocar em prática a ideia e a andar pelo País, “sempre tendo em mente os ensinamentos” que aprendeu na Aman.
Bolsonaro voltou a falar do dia em que levou a facada durante a campanha, dizendo que renasceu em Juiz de Fora:
“Aqueles que não têm qualquer compromisso com a democracia e liberdade tentaram abreviar minha carreira. Não conseguiram. ”
Por fim, falou sobre seu projeto para o fim de mandato:
“O meu sonho do momento é entregar para quem me suceder um Brasil melhor do que recebi.”
Após o evento, o presidente não quis dar entrevista, repetindo postura adotada na sexta (29), em outro evento em Resende, na fábrica de combustível nuclear da INB (Indústrias Nucleares do Brasil), e após comer um sanduíche em uma lanchonete local.
Mais cedo, em Três Corações (MG), o presidente também evitou a imprensa, mas fez discurso parecido, ao falar por cinco minutos aos sargentos combatentes da Escola de Sargentos das Armas. Aos formandos, Bolsonaro afirmou que, no passado, “nós lutamos por democracia e por liberdade e que, no futuro, se preciso for, daremos a nossa vida para que essa democracia e para que essa liberdade nunca deixe de existir entre nós”.