Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2019
As ações constantes de fiscalização que vêm sendo realizadas no bairro Cidade Baixa, considerado por muitos como “o bairro mais boêmio de Porto Alegre”, foram alvo de debates durante uma reunião na Smseg (Secretaria Municipal de Segurança) nessa terça-feira. Na pauta, problemas como o tráfico de drogas nas ruas, a venda de bebida alcoólica para menores de 18 anos, a existência de estabelecimentos sem alvará adequado, o execesso de ruído e os transtornos causados ao trânsito de veículos, à noite, por pessoas que fazem festa ao ar livre.
“Não queremos acabar com o comércio local no bairro, muito pelo contrário”, frisou o titular da pasta, Rafael Oliveira. “O objetivo das ações é fazer com que a lei seja cumprida, com comerciantes atuando de acordo com a documentação exigida, respeitando o horário de funcionamento, não vendendo bebidas alcoólicas para adolescentes. A Cidade Baixa também é um bairro de moradia e estamos buscando um bom convívio social entre todos.”
Ações integradas com a Guarda Municipal, SMDE (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico), EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), BM (Brigada Militar) e Corpo de Bombeiros vem sendo realizadas todos os finais de semana na área desde o mês de julho. Desde então, já foram fiscalizados 91 locais, totalizando 22 notificações, 29 autuações e 14 interdições. Mas os problemas persistem, às vezes apenas mudando de endereço.
Participaram da reunião representantes do Denarc (Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico), Deca (Departamento Estadual da Criança e do Adolescente), MP (Ministério Público), Corpo de Bombeiros, SMDSE (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte), GM, PGM (Procuradoria-Geral do Município), EPTC, BM e Associação dos Moradores da Cidade Baixa.
Crime
Recentemente, Nathana Stephany Marques Gay, 23 anos, foi morta com um tiro na cabeça durante um roubo na Cidade Baixa. O crime continua sob investigação da Polícia Civil, mas até o momento nenhum suspeito foi preso. A jovem caminhava com duas amigas pela Rua da República na madrugada do dia 19 de novembro, uma segunda-feira, após saírem de um bar, quando foram abordadas por um assaltante armado.
Nathana, que morava e trabalhava no bairro, ela conseguiu fugir com uma das garotas, mas voltou para ajudar a terceira, rendida pelo criminoso e que teria caído no chão ao ser empurrada para entregar a mochila e o telefone celular. Nesse momento, foi baleada na região da têmpora, tendo morte instantânea.
O autor do latrocínio correu até um carro Chevrolet Classic de cor prata, onde pelo menos um comparsa o aguardava. Testemunhas relataram que a dupla fugiu em alta velocidade, a bordo do veículo, rumo ao Centro Histórico.
(Marcello Campos)
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