Sábado, 11 de janeiro de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
25°
Partly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Para o presidente do Santander, o Brasil será um “dos poucos países do mundo a crescer mais de 2%” no ano que vem

Compartilhe esta notícia:

"Não só vamos crescer mais que 2019 como vamos ser uma das poucas economias continentais podendo crescer acima de 2%", disse Rial. (Foto: Reprodução da internet)

O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, passa a ocupar, a partir do ano que vem, duas cadeiras distintas. A de presidente do Santander Brasil e a de presidente do conselho da plataforma digital recém-adquirida pelo Grupo Santander: a Ebury. Em entrevista, Rial afirmou que o Brasil será, no ano que vem, um dos “poucos países que vai crescer mais de 2%”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Ebury deve, inclusive, conforme explicou Rial à coluna, competir com o próprio Santander. “ É importante saber sentar em várias cadeiras e, mais relevante, trazer ao Brasil o que já existe no mundo todo. Aqui ainda fazemos comércio exterior por meio de cartas de crédito. O que traz custo para a pequena e média empresa”, explica o executivo.

Competição por competição, como vão sobreviver os bancos de varejo, cujo custo fixo é alto, frente aos bancos digitais? “Se a gente olha para o mundo, vê que existem grandes economias continentais que conseguem coexistir com o que eu chamo de banco múltiplo ou universal, com plataformas puramente digitais. Uma delas são os Estados Unidos. Não vi nenhum dos grandes bancos americanos desaparecer até agora. Continuam coexistindo em plataformas onde a revolução digital está acontecendo, talvez não em nível de consumidor. Na Índia se dá a mesma coisa. México e Rússia, idem. O Brasil é grande o suficiente pra que a gente possa conviver com esses vários modelos”, pondera.

Rial acrescenta que, no grave estado em que estão  as contas públicas, os integrantes da equipe econômica, capitaneada pelo ministro Paulo Guedes, têm sido realistas. “Qualquer processo de transformação começa a partir da realidade – e, por isso, quase sempre é desconfortável. Isso vale também para empresas. Lembro de um momento bastante ícone na sociedade americana, a crise de 2008, quando muitas empresas não julgavam estar em situação tão ruim. Assistimos o Estado americano intervindo nas estruturas de capitais inclusive de montadoras”. Algo antes impensável em um sistema econômico liberal. Aqui vão os principais trechos de uma longa conversa.

1) A realidade econômica do atual momento choca?

Sim e o primeiro grande passo rumo à mudança é começar a olhá-la como ela é. Estamos fazendo isso. E a realidade brasileira é ruim, temos que melhorar as contas, ir em busca do equilíbrio fiscal.

2) Entre os economistas e analistas apartidários, o diagnóstico é muito parecido. Mas como fazer o eleitor entender que antes de melhorar vai piorar? Explicar que o Brasil, do jeito como geriu suas contas nos últimos anos, levou a economia para o buraco? Explicar o que acontece para 11 milhões de desempregados?

São várias variáveis. Primeiro, é difícil explicar pra quem tá desempregado. Por outro lado, temos que ver que estamos com o menor nível de taxas de juros da história. Hoje o brasileiro pode financiar a casa própria pagando entre 7% e 8% no sistema financeiro, por 30 ou 35 anos. Isso não existia.

3) Acha que em 2020 o Brasil cresce mais que em 2019?

Não tenho a menor dúvida. Não só vamos crescer mais que 2019 como vamos ser uma das poucas economias continentais podendo crescer acima de 2%. O mundo parou… A Europa, em particular. São 700 milhões de consumidores, ainda é uma grande potência econômica e com peso no globo. Mas tem desafios econômicos sérios. Já o Japão já não cresce há anos. A gente brinca que o mundo está se tornando um Japão, de certa forma.

4) Explica melhor?

Juros praticamente zero e negativos com baixo crescimento no Japão, 30% dos papéis no mundo hoje pagando taxas negativas. Mas isso ainda não se vê nos EUA e na China. Creio que o Brasil poderá crescer 2%. Vamos ser uma ilha…

5) O mundo está, politicamente, cada vez mais dividido e radicalizado. O sistema capitalista e a democracia estão naufragando?

É uma pergunta absolutamente legítima. Uma das raízes do problema, acredito, é o aumento da diferença entre o topo da pirâmide e sua base, fato muito ruim. Por outro lado, acredito que o capitalismo continua sendo o melhor modelo econômico porque ele privilegia o indivíduo e eu acredito no indivíduo no comando das suas decisões.

6) Essa diferença cresceu nas últimas décadas, e não só em países em desenvolvimento. O que deu errado?

Estamos, primeiramente, muito presos a uma nomenclatura do século 20. O que chamam de capitalismo eu chamo de iniciativa individual privada de alguém poder empreender. O modelo anterior de Estado forte, que tinha, entre outros papéis, o do desenvolvimento econômico, de investidor, claramente não deu certo em quase todas as sociedades.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

A França nega permissão de venda de 36 herbicidas que utilizam glifosato
Vídeo do primeiro-ministro inglês se recusando a ver um menino no chão de um hospital viraliza na internet
https://www.osul.com.br/para-o-presidente-do-santander-o-brasil-sera-um-dos-poucos-paises-do-mundo-a-crescer-mais-de-2-no-ano-que-vem/ Para o presidente do Santander, o Brasil será um “dos poucos países do mundo a crescer mais de 2%” no ano que vem 2019-12-09
Deixe seu comentário
Pode te interessar