Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de dezembro de 2019
Presidente do sindicato, Helenir Schürer, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira
Foto: Cpers/Twitter/ReproduçãoA direção do Cpers (Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul) concedeu na manhã desta sexta-feira (13) uma entrevista coletiva em que informou que a nova proposta de mudanças no plano de carreira do magistério, apresentada na quinta-feira (12) pelo governador Eduardo Leite, não agrada a categoria e que a greve será mantida no Estado.
A presidente do sindicato, Helenir Schürer, afirmou que, diferentemente do que foi apresentado pelo governador Eduardo Leite na quinta-feira, o reajuste real em três anos ficará muito abaixo de 19,8%, porque, na prática, com o fim das vantagens temporais, é como se os valores saíssem dos triênios que os docentes em atividade atualmente recebem.
Para explicar a situação, a presidente do Cpers utilizou o exemplo do que acontece com o seu próprio salário, atualmente de R$ 1.795. Deste valor, segundo ela, o básico fica em R$ 1.282,25 e os R$ 512,89 são referentes a triênios.
Pela proposta do governo, em 2020 o valor a ser recebido por ela seria de R$ 1.650,89. Ou seja, no primeiro ano sobrariam R$ 144,25 dos triênios. No ano seguinte, o subsídio aumentaria para R$ 1.753, restando R$ 42 dos triênios e, em 2022, com o pagamento de R$ 1.861,95 – o que superaria pela primeira vez o que a professora atualmente recebe –, sobrariam R$ 66. Pelos cálculos do sindicato, o acréscimo real ficaria em 3%.
A presidente do Cpers disse que, a menos que o governo retire o pacote ou apresente algum outro projeto que represente um aumento considerado real pela categoria, a greve continuará forte.
Nos dias 17, 18 e 19 de dezembro, quando o projeto deve entrar em votação na Assembleia Legislativa, os professores prometem grande ato. De acordo com ela, os professores só recuperarão as aulas perdidas durante a paralisação se o Executivo garantir que não haverá desconto destes dias, como sempre ocorre.