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Política “Dizer que a Operação Lava-Jato quebrou empresas é uma irresponsabilidade”, reage o procurador Deltan Dallagnol

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O procurador destacou resultados da Lava-Jato que, em quase seis anos de ação recuperou uma fortuna para o Tesouro

Foto: Pedro de Oliveira/ALEP
Dallagnol (foto) entrou com ação indenizatória pelo fato de o ator “constantemente ofender a honra e dignidade”. (Foto: Pedro de Oliveira/ALEP)

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná, disse nesta segunda-feira (16), que “é uma irresponsabilidade” do ministro Dias Toffoli, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), declarar que a Operação Lava-Jato destruiu empresas.

“Dizer que a Lava-Jato quebrou empresas é uma irresponsabilidade”, tuitou Deltan, em reação à entrevista de Toffoli publicada no jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira. “É, assim, fechar os olhos para a raiz do problema, a prática por muitos políticos e empresários de uma corrupção político-partidária sanguessuga, que drena a vida dos brasileiros”, disse Deltan.

Na entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Toffoli declarou que nos Estados Unidos isso não aconteceu. Empresários têm prisão perpétua decretada, mas suas companhias estão em atividade.

O ministro cobrou, ainda, maior transparência do Ministério Público. “É fechar os olhos para a crise econômica relacionada a fatores que incluem incompetência, má gestão e corrupção”, escreveu Deltan.

Para o procurador, as declarações de Toffoli têm o mesmo sentido que….”É culpar pelo homicídio o policial porque ele descobriu o corpo da vítima, negligenciando o criminoso.” “Os responsáveis são os criminosos. A Lava-Jato aplicou a lei”, afirmou o procurador.

O procurador destacou resultados da Lava-Jato que, em quase seis anos de ação recuperou uma fortuna para o Tesouro. “É fechar os olhos para o fato de que a Lava-Jato vem recuperando por meio dos acordos mais de R$ 14 bilhões para os cofres públicos, algo inédito na história.”

E avisou: “Seguiremos aplicando a lei, que ainda é muito inefetiva no Brasil. Nos Estados Unidos, a prisão acontece depois da primeira ou segunda instância. Sem efetividade da lei, não há rule of law ou estado de direito.”

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