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Armando Burd A oposição não precisa fazer força

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Na foto, o secretário Edson Brum. (Foto: Marcelo Bertani/AL-RS)

A liminar do desembargador Rui Portanova, suspendendo a votação de ontem na Assembleia Legislativa, provocou desconforto na bancada governista. O deputado Edson Brum foi à tribuna para criticar a Procuradoria Geral do Estado. Alegou que “seus integrantes ganham muito bem e estão perdidos”, por não terem orientado de forma adequada o Palácio Piratini.

Guerra aberta

Sobre críticas feitas por Leite à bancada do MDB, Brum desafiou: “Experimente votar sem os oito deputados da nossa bancada.” Acrescentou: “Este governo é só marketing e de pouca ação.”

Ficou para a sessão de hoje a resposta aos ataques.

Avisados

Em duas reuniões no Palácio Piratini para análises dos projetos do pacote, a bancada do MDB alertou que o acessório não poderia ser votado antes do principal. Assessores do governo ouviram e não assimilaram.

Artilharia

A sessão de ontem reservou mais uma surpresa: a deputada Juliana Brizola defendeu José Ivo Sartori, alvo de provocações de Leite em entrevistas. Completou: “Na campanha, o candidato tucano mostrou um perfil. Agora, é outro, bem diferente.”

Otimismo em demasia

O governo não quis esperar por uma decisão do Tribunal de Justiça e recorreu ontem ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli. A esperança é da derrubada da liminar hoje pela manhã e votação do projeto na Assembleia à tarde.

Boia de salvação

Está na mesa do ministro da Economia, Paulo Guedes, pedido do governo do Estado para liberação antecipada de 2 bilhões de reais por conta da futura venda da CEEE. Técnicos em Brasília analisam os balanços para saber quanto sobrará em caso de negociação.

Castelos no ar

Quando as ações da Companhia Riograndense de Telecomunicações começaram a ser vendidas, em 1996, os discursos insistentemente repetidos pelo governo estadual eram de que haveria superação da crise financeira. Conversa fiada. Hoje, ninguém arrisca dizer que a privatização da CEEE é a solução.

Para onde irá nosso dinheiro

O Congresso aprovou ontem o orçamento do governo federal para o próximo ano. Os parlamentares concordaram com gastos inadmissíveis.

Funcionamento da Câmara dos Deputados: 6 bilhões e 200 milhões de reais; Senado: 4 bilhões e 500 milhões; Fundo Eleitoral: 2 bilhões; Fundo Partidário: 959 milhões.

É o esbanjamento.

Em causa própria

Toda a vez que detentores de cargos eletivos votam a autoconcessão de aumento salarial, duas perguntas precisam ser feitas: 1) há recursos sobrando no orçamento? 2) Não existem outras prioridades no município, no Estado ou na União?

Para responder, deveria existir um mecanismo representativo da sociedade, que elege e sustenta tudo com o pagamento de impostos. Sem isso, as despesas disparam.

Resistem

Ao final do primeiro ano de mandato, está difícil para a maioria dos governadores cumprir a tarefa a que se dispuseram: dar choques nos burocratas de plantão. Persistem cantinhos, feudos, carimbos, papéis e acomodação.

Engessou

Ato publicado ontem pelo Diário Oficial da Prefeitura do Rio de Janeiro suspendeu todos os pagamentos e demais movimentações financeiras. A medida tem como objetivo ajustar o caixa do município em função dos arrestos determinados pela Justiça.

O ajuste pretendido será obra para algum mágico que anda escondido.

Respostas indispensáveis

Os institutos de pesquisas, que gostam ir a fundo em temas polêmicos, deveriam perguntar: você considera que os impostos são visíveis ou invisíveis?

O resultado indicaria um dos rumos da reforma tributária.

O que interessa

Os países industrializados se recusam a reduzir as emissões de poluentes, que provocam o aquecimento da atmosfera, porque significaria queda da produção. Muitos devem imaginar que o aumento da temperatura abrirá mais ainda o mercado altamente lucrativo dos aparelhos de ar condicionado.

É só querer

Se as sociedades esclarecidas fizessem análises aprofundadas dos orçamentos, veriam fotogramas de uma realidade cruel.

 

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