Quarta-feira, 23 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 31 de dezembro de 2019
Grupo protestava contra ataque americano no país que deixou 25 mortos e mais de 51 feridos no domingo
Foto: ReproduçãoDezenas de milicianos xiitas iraquianos e seus apoiadores invadiram o complexo da embaixada dos Estados Unidos, em Bagdá, no Iraque, nesta terça-feira (31). O grupo que protestava contra ataques aéreos americanos no país escalou muros, forçou os portões e derrubou uma porta para entrar na representação diplomática. De acordo com a Associated Press, o manifestantes atearam fogo a uma área de recepção.
As forças de segurança lançaram gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que se reunia do lado de fora. Fontes médicas disseram que 12 pessoas ficaram feridas. A invasão aconteceu após centenas de pessoas participarem de uma marcha na área central da capital iraquiana, onde manifestações populares são restritas, entoando frases como “Morte à América”.
Eles protestavam contra os bombardeios dos EUA contra um grupo de milícias apoiado pelo Irã no Iraque, que deixaram 25 mortos e 51 feridos no domingo (29). O primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdel Mahdi, fez um apelo para que os manifestantes se afastassem da embaixada americana.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o Irã estava “orquestrando” um ataque à embaixada americana e que será responsabilizado por isso.
“Agora o Irã está orquestrando um ataque contra a embaixada dos EUA no Iraque. Eles serão totalmente responsabilizados. Além disso, esperamos que o Iraque use suas forças para proteger a embaixada”, escreveu Trump no Twitter.
“Ataques defensivos”
O Pentágono informou no domingo que as forças armadas dos Estados Unidos realizaram “ataques defensivos” no Iraque e na Síria contra o Kataib Hezbollah, que é um grupo de milícias pertencente às Forças de Mobilização Popular Xiita apoiadas pelo Irã no Iraque.