Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 6 de janeiro de 2020
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os fundos partidário e eleitoral somados devem garantir cerca de R$3 bilhões para os partidos políticos torrarem nas eleições municipais deste ano. Essa fortuna coloca o Brasil como o líder entre países que mais gastam dinheiro público para eleger representantes políticos. Na Índia, a maior democracia do mundo, a estimativa de custo da eleição é de R$ 28 bilhões, mas apenas R$149 milhões são verba pública.
Despesa justificada
Na Índia, a comissão eleitoral bancada com grana pública, entre outras coisas, leva urnas ao Himalaia e para florestas remotas (de elefante!).
Menos, bem menos
O Reino Unido realizou eleição para substituir Theresa May por Boris Johnson por R$ 740 milhões. A última eleição teve custo semelhante.
‘Cláusula de barreira’ da grana
Nos EUA foram R$26,5 bilhões em 2016, mas desde 2012 candidatos costumam recusar o dinheiro público pelas regras e exigências rígidas.
Colega do BRICS
Na África do Sul, o orçamento para as eleições de 2019 teve um corte de 20% em relação a 2014, caindo para a casa de R$ 346 milhões.
Centrão reclama de ‘falta de interesse’ do governo
Parlamentares do “centrão”, acostumados a serem fiel da balança das votações no Congresso desde o impeachment da petista Dilma, reclamam da “falta de interesse” do governo Bolsonaro em negociar com as lideranças do Congresso. Importante líder do grupo revelou que pedidos de deputados e senadores são ignorados com frequência, além dos muitos telefonemas que nem sequer são respondidos.
Esperar, nunca
Uma das maiores reclamações de parlamentares do centrão são os chás de cadeira. Autoridades não são acostumadas a esperar.
Nem um cafezinho
Durante todo o primeiro ano de governo, Bolsonaro nunca convidou o líder do PP, Arthur Lira (AL), para tomar um café, por exemplo.
Assim como a PEC da Previdência
Parlamentares agora tratam com os principais ministros do governo, responsáveis por articular votações de projetos das próprias pastas.
Rodrigo Milhas
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) não poupou os cofres públicos com as 250 viagens registradas. Ele fez quase um voo em jatinho da Força Aérea Brasileira por dia útil (255) em 2019.
Mais um cotado
O deputado João Campos (PRB-GO), que por um mês foi o “candidato de Bolsonaro” à presidência da Câmara, agora é cotado para assumir cargo na Esplanada. Ele tem ligações com o movimento evangélico.
Amigos, inimigos, amigos
Na Câmara, durante a votação da reforma política que criou o fundão eleitoral bilionário, o então deputado Jair Bolsonaro se opôs à orientação do seu partido à época, o PSC, e votou contra. Já o PSOL, hoje oposição ao presidente Bolsonaro, também foi contra o fundão.
Quem agiliza
Se Davi Alcolumbre é “roda presa”, Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, sempre agiliza indicação de embaixadores, agendando sabatinas sem demora.
Escolha dos candidatos
Será 20 de julho a data limite para que partidos políticos escolham candidatos e realizem suas convenções partidárias. E a tal propaganda eleitoral recomeça no início do mês de agosto.
Tudo como estava
Segundo a Anfavea (fabricantes de veículos), as crises políticas nos países vizinhos da América do Sul em 2019, tirando a Argentina, não geraram impactos na indústria automotiva brasileira no geral.
Expectativa de vida
A expectativa de vida dos brasileiros em 2020 será de 76,74 anos, em média. Mulheres têm uma expectativa de vida maior (80,25 anos) em relação aos homens (73,26 anos), segundo dados do IBGE.
Brasil na contramão
O Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou a redução do ritmo e reduziu previsão de crescimento da economia mundial. O Brasil segue pela contramão com crescimento acima da expectativa. E acelerando.
Pensando bem…
…2019 já acabou. Mas no Congresso 2020 só começa em fevereiro.
PODER SEM PUDOR
Cobras à espreita
Jânio Quadros nunca teve muito apreço por jornalistas. Considerava-os como as serpentes. No final dos anos 80, prefeito paulistano, ele foi à casa do deputado estadual Fauze Carlos (PTB) para se encontrar com o presidente nacional do partido, Paiva Muniz. Deparou-se com dois jornalistas, que, claro, logo pediram uma “conversa rápida”.
“Ah, são só dois?…”. Os repórteres se animaram, mas só até ele completar, às gargalhadas: “…e não dá para um comer o outro, e ficar um só?”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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