Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de janeiro de 2020
"Essa fuga foi a decisão mais difícil da minha vida", disse Ghosn, que fugiu do Japão para o Líbano
Foto: ReproduçãoO ex-presidente da Nissan Motor Hiroto Saikawa afirmou que se sente traído pelo brasileiro Carlos Ghosn após assistir à entrevista coletiva concedida na quarta-feira (08), em Beirute (Líbano), pelo ex-presidente do Conselho de Administração da montadora.
Ghosn acusou Saikawa e outros altos executivos da Nissan de conluio para afastá-lo por causa da fusão entre a montadora japonesa e a fabricante de automóveis francesa Renault.
Saikawa conversou com repórteres na manhã desta quinta-feira (09). Ele rejeitou terminantemente as alegações feitas por Ghosn, acusado de crimes financeiros no Japão.
Ministra da Justiça
A ministra da Justiça do Japão, Masako Mori, reprovou as críticas feitas por Ghosn contra o sistema judiciário do país. Para ela, o ex-executivo deveria provar no tribunal a sua inocência.
A ministra afirmou que Ghosn apresentou uma visão equivocada sobre a Justiça japonesa e seus métodos, visando justificar a sua fuga para o Líbano. Segundo ela, “isso jamais poderá ser ignorado”.
Fuga
Conforme a imprensa japonesa, o brasileiro teria saído de Tóquio em direção a Osaka de trem, onde teria pego um táxi até o aeroporto. De lá, ele teria embarcado em um jatinho particular em direção ao Líbano dentro de uma caixa de um equipamento musical. Antes de chegar ao Líbano, fez uma escala em Istambul, na Turquia.