Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Fair

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos justifica a campanha para evitar o sexo na adolescência

Compartilhe esta notícia:

Ministra defende nova campanha do governo para evitar o sexo na adolescência. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Apontada como a segunda ministra mais popular do governo, a paranaense Damares Alves é pródiga em colecionar controvérsias. Aos 55 anos, sua mais recente polêmica é a que sugere mudanças na vida sexual do brasileiro.
Titular do ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a pastora evangélica saiu do anonimato para a ribalta ao dizer que “menino veste azul e menina veste rosa”, despertando a ira de movimentos LGBT+ e reabrindo a discussão de gênero e sexo fluido.

“Aquele foi o start da polêmica. Mas pediatras entendem que neutralidade de gênero é uma agressão à criança porque menino e menina são diferentes. Não estou exagerando”, aponta a ministra. Mas, ao se referir à frase na última quinta-feira (23), corrigiu-se: “O que eu quis dizer é que menino veste azul, menino veste rosa, veste a cor que quiser. Sem nenhum patrulhamento”.

Neste novo episódio com potencial para despertar críticas e adesões, a ministra diz que a alardeada campanha para evitar o sexo na adolescência é uma tentativa de combater a “legalização da pedofilia”.

“O Unicef apresenta o relatório da idade média de iniciação do sexo no Brasil. Menina está 13,9 anos, e menino, 12,4 anos. O Código Penal Brasileiro fala que é estupro transar com uma criança com menos de 14 anos. Eu saí do Senado em dezembro de 2018. Nos corredores, já se falava, entre assessores, da possibilidade de apresentar uma emenda para diminuir para 10 (a idade do consentimento). O que eu faço com isso? Eu legalizo a pedofilia. Então, eu preciso reagir”, argumentou a ministra.

1) A senhora pretende mudar o comportamento sexual dos brasileiros?

Olha, me sobrou uma fatura. A fatura está aí. O que está sendo posto até agora não está dando muito certo. A gravidez precoce está crescendo de uma forma absurda. E mais do que a gravidez precoce, as doenças sexualmente transmissíveis. Sabiam que estamos em epidemia de sífilis? O Unicef apresenta o relatório da idade média de iniciação do sexo no Brasil: menina está com 13,9 anos, e menino, 12,4 anos. Imaginem comigo: o Código Penal Brasileiro fala que é estupro transar com uma criança com menos de 14 anos. A idade média do sexo caiu para 12. Aí, nós temos uma proposta no Senado, o PLS 236/2012, para diminuir, no Código Penal, a idade do consentimento para 12. E, isso, quando a idade (média de iniciação do sexo) ainda era 13. Já caiu para 12. Está lá no relatório do projeto de lei. O relator rejeitou, manteve 14. Mas nem foi apreciado o voto do relator nem foi apreciado o projeto inicial. Eu saí do Senado em dezembro de 2018. Nos corredores, já se falava, entre assessores, da possibilidade de apresentar uma emenda para diminuir para 10 (a idade do consentimento). O que se faz com isso? Legaliza-se a pedofilia. Então, eu preciso reagir.

2) O que é preciso fazer?

A gente precisa pensar em retardar a idade do início da relação sexual no Brasil, a fim de evitar uma tragédia. De que forma a gente pode retardar? Aí todo mundo critica, tem especialista dizendo que eu vou fazer dano à criança. Eu pergunto: que dano eu vou trazer para uma criança ao dizer para ela: “espera mais um ano”, “espera um pouquinho”?. Não vamos eliminar os outros métodos preventivos. Vamos continuar falando da camisinha; vamos continuar falando da pílula; vamos continuar falando dos outros métodos. O que a gente quer, aqui na lista de métodos (contraceptivos), é apresentar mais um. O não ficar agora. Esperar um pouco mais. Isso vai custar o que para o governo federal? Nenhum centavo. Que dano psicológico isso vai trazer para a criança? Nenhum.

3) O que a campanha quer aconselhar ao jovem?

Nós só queremos começar a conversar com ele. “Por que sexo com 12 anos?”. Isso é muito sério. Quando se fala da relação sexual precoce — porque eu estou diante de relação sexual precoce —, só se fala da gravidez e de DST. E as outras doenças? Vocês acham que uma menina de 12 anos, anatomicamente, tem o canal da vagina pronto para ser possuída por oito adultos? Aí você me pergunta: “De onde a senhora tira os oito adultos?”. Delas. Pergunte às meninas com quantos parceiros elas já se relacionaram. Gente, nós estamos diante de uma tragédia. As meninas estão ficando por uma certa pressão social. Vai em uma festa e não fica, você não é amada. Para você ser amada, desejada e poderosa, tem que ficar. A  gente só quer conversar com elas o seguinte: não ficar também é legal. Não ficar não é careta. É só conversar com eles e começar a fazer uma reflexão. Se essa reflexão com eles não der certo, a gente esquece. Mas eu tenho que apresentar o novo. O que está aí não está dando certo. E o novo que eu tenho é conversar com eles. Se alguém tiver uma ideia mais extraordinária, pelo amor de Deus, me traga.

4) A que a senhora atribui o início precoce da sexualidade?

À erotização.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O Ministério Público Federal pede a recorreção de provas do exame da OAB
Os deputados estaduais começam a votar nesta semana o novo plano de carreira do funcionalismo gaúcho
https://www.osul.com.br/a-ministra-da-mulher-da-familia-e-dos-direitos-humanos-justifica-a-campanha-para-evitar-o-sexo-na-adolescencia/ A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos justifica a campanha para evitar o sexo na adolescência 2020-01-26
Deixe seu comentário
Pode te interessar