Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de janeiro de 2020
A China é a segunda maior economia do mundo
Foto: Agência BrasilApós o aumento do número de mortos e infectados, analistas passaram a avaliar um impacto no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da China causado pelo coronavírus que pode ser superior a um ponto percentual.
Como a China é a segunda maior economia do mundo, um crescimento menor poderá ter impactos globais, especialmente na Ásia, onde o turismo nos últimos anos é dependente, em grande parte, dos viajantes chineses.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) previa, em 20 de janeiro, que a China cresceria 6% neste ano. Em 2019, o país cresceu 6,1%, seu pior índice em 29 anos.
Para a agência de classificação de risco S&P, o crescimento do PIB chinês pode cair cerca de 1,2 ponto percentual em 2020 caso os gastos de consumo, especialmente em transporte e diversão, caiam 10%. Ou seja, considerando a previsão do FMI, o PIB chinês poderia avançar só 4,8% em 2020.
Analistas avaliam que o dano econômico pode se assemelhar ao causado durante a epidemia de Sars (síndrome respiratória aguda grave), que deixou centenas de mortos em 2003. Naquele ano, o país desacelerou de 11,1% para 9,1% entre o primeiro e o segundo trimestre. No ano, cresceu 10%.
Especialistas dizem que ainda é cedo para medir o real efeito que o coronavírus irá deixar na economia, mas que algum impacto é certo. Segundo a Rico, se o coronavírus estender seus efeitos, os indicadores econômicos do primeiro trimestre podem ser “duramente impactados”. “E, com os juros tão baixos mundo afora, os bancos centrais podem ter menos ferramentas para estimular as economias”, afirma.
Para Tommy Wu, da Oxford Economics, o impacto econômico pode ser forte, mas terá curta duração e será menos severo do que antes porque desta vez a resposta das autoridades foi mais rápida.
As Bolsas de Valores de todo o mundo, incluindo a brasileira, iniciaram a semana em queda devido às incertezas sobre o controle da epidemia de coronavírus.