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Ciência Grão pré-solar em meteorito pode mudar o conhecimento da origem do Sistema Solar

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Seguindo o entendimento da formação do Sistema Solar, os grãos pré-solares não poderiam sobreviver no ambiente em que esses foram formados”. (Foto: Reprodução)

Um material peculiar encontrado dentro de um fragmento de meteorito pode modificar o que se sabia até então sobre a origem do Sistema Solar. Chamado de grão pré-solar, o material é uma partícula interestelar sólida formada antes do surgimento do Sol e, consequentemente, encontrada em meteoritos primitivos – exceto naqueles que são compostos pelo material desse meteorito em particular.

Segundo o artigo publicado por pesquisadores da Universidade de Washington (EUA), na revista acadêmica Nature Astronomy, o fragmento em questão é o Curious Marie, uma rocha proveniente do meteorito Allende e composta por inclusões ricas em alumínio e cálcio (CAI), algo que acreditava-se ser frágil demais para suportar as condições extremas de temperatura que existiam antes do nascimento do Sol.

“O que é surpreendente é o fato de os grãos pré-solares estarem presentes”, disse Olga Pravdivtseva, professora de pesquisa de física em Artes e Ciências e principal autora do estudo. “Seguindo nosso entendimento atual da formação do Sistema Solar, os grãos pré-solares não poderiam sobreviver no ambiente em que esses foram formados”.

Para entender com o que estavam lidando, a equipe utilizou assinaturas isotópicas de gases nobres da Curious Marie. O resultado foram 20 mg (bastante para a cosmoquímica) de grãos de carboneto de silício pré-solar (SiC).

“Foi lindo quando todos os gases nobres apontaram para a mesma fonte das anomalias: o SiC”, contou Pravdivtseva. “Não apenas vemos o SiC nos CAIs de grão fino, como também vemos uma população de grãos pequenos que se formaram em condições especiais. Essa descoberta nos obriga a revisar como vemos as condições nas primeiras nebulosas solares”.

A equipe de Pravdivtseva não foi a primeira a procurar pelo SiC em CAIs, mas foi a primeira a encontrá-lo. “Para mim, é como resolver um mistério”, concluiu a pesquisadora.

Sonda da Nasa próxima do Sol

A sonda solar Parker iniciou sua quarta passagem próxima ao Sol, na manhã desta quarta-feira (29), e passará no periélio (menor distância em relação à estrela) nesta tarde, quando voará a uma distância de 18,6 milhões de quilômetros da superfície do astro.

Com essa passagem, Parker se aproxima cada vez mais do Sol. Os quatro conjuntos de instrumentos da sonda irão capturar dados neste novo ambiente, uma região inexplorada ao redor do Sol e potencialmente reveladora de novas informações sobre o vento solar e a atmosfera.

Em particular, os cientistas querem entender melhor como a atmosfera externa do Sol é muito mais quente que a superfície visível da estrela, e como o material do vento solar atinge velocidades tão altas. Em fevereiro, a Solar Orbiter será lançada pela Nasa e poderá complementar o trabalho da Parker.

As três primeiras órbitas da Parker estavam aproximadamente à mesma distância da nossa estrela (24 milhões de quilômetros). Após o segundo sobrevoo na órbita de Vênus em 26 de dezembro do ano passado – e uma manobra de correção de trajetória em 10 de janeiro deste ano – a sonda estabelecerá um novo recorde de distância do Sol por um objeto fabricado por humanos.

Os recordes anteriores são da própria Parker, que ainda continua em missão por mais sete anos. Serão 24 sobrevoos próximos do Sol até 2025, a fim de ajudar os cientistas a entender como o astro funciona.

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https://www.osul.com.br/grao-pre-solar-em-meteorito-pode-mudar-o-conhecimento-da-origem-do-sistema-solar/ Grão pré-solar em meteorito pode mudar o conhecimento da origem do Sistema Solar 2020-01-29
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