Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de fevereiro de 2020
Concursos públicos mostram que o candidato a um cargo sabe passar em concursos, mas não afere a aptidão para um representante do Ministério Público decidir o destino de pessoas. Muito menos confere autoridade para o agente violar o direito das pessoas para satisfazer interesses mesquinhos, pessoais.
Essa é a conclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à TV ConJur. A pergunta foi sobre a qualificação dos procuradores da República de Curitiba, que o acusaram sem provas, segundo o petista.
O ex-presidente fala da necessidade de controle, o que fez do Conselho Nacional do Ministério Público uma oportunidade perdida, já que a maioria dos seus membros é do próprio MP. Lula diz que vai discutir com a sociedade brasileira esse tipo de distorção, inclusive nas próximas campanhas eleitorais.
Alianças
Sob a batuta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT ampliou o seu arco de alianças para as próximas eleições municipais.
Reunido no Rio, o comando petista autorizou, nesta sexta-feira (7), alianças com partidos do centrão, PSDB, DEM e até PSL em cidades onde PT ou seus aliados históricos encabecem a chapa.
Em sua primeira reunião de 2020 e com nova composição, a Executiva Nacional da legenda aprovou uma resolução listando PSOL, PDT, PSB, Rede, PCO e UP como parceiros preferenciais. Embora estivesse no Rio desde a tarde de sexta, o ex-presidente não participou do encontro.
Outra condição para o PT subir em palanque fora de sua parceria histórica é que o candidato
“não tenha práticas de hostilidade ao PT e aos presidentes Lula e Dilma”.
O texto traz uma dubiedade ao afirmar que “o PT nacional decide que não ocorram alianças com os partidos que sustentam o projeto ultraneoliberal (DEM, PSDB) e veta qualquer aliança com aqueles que representam o extremismo de direita em nosso país”.
De acordo com a assessoria do partido, a menção ao DEM e ao PSDB é uma tentativa de mostrar que os dois partidos não integram a extrema direita. O documento não chega a nominar as legendas com as quais as alianças estão vetadas.