Sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de fevereiro de 2020
Luiz Henrique Mandetta diz não haver motivo para pânico e que transmissão depende de como o novo vírus irá se comportar em um país tropical
Foto: Reprodução de TVA chegada do novo coronavírus tende a ser administrável pela rede de saúde caso o Brasil repita o cenário registrado em parte da China, em que houve aumento seguido de estabilização dos casos, afirma o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
“Se se comportar dessa maneira, vamos supor, 50 mil casos em uma cidade como São Paulo, do tamanho de Wuhan, é perfeitamente administrável. A Coreia do Sul, que está do lado, tem mil casos. Se ficarmos em um cenário como esse, vamos ter pontos de concentração de casos, mas, a meu ver, perfeitamente atendíveis e controláveis”, disse ele, que cita a baixa letalidade.
Para o ministro, no entanto, é preciso ver como o vírus irá se comportar no verão e em um país tropical. “No nosso País, meu maior receio é o Rio Grande do Sul, porque quando teve o H1N1 foi o lugar com maior número de casos e mortes. Mas será que esse coronavírus vai repetir a performance do H1N1 no Brasil?
Se gostar mais de aglomeração do que de frio, o Rio de Janeiro passa a ser a minha maior preocupação.” Mandetta disse avaliar que é apenas questão de tempo para que a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconheça a situação atual como uma pandemia. Para ele, porém, não há motivo para pânico. “A humanidade convive com vírus desde sempre.”
O ministro é graduado em medicina pela Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, em 1989, e tem pós-graduação em ortopedia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.