Quarta-feira, 12 de março de 2025
Por Redação O Sul | 17 de março de 2020
O problema do momento é garantir a segurança sanitária nas linhas de produção
Foto: Agência BrasilA pandemia do novo coronavírus muda o cotidiano das fábricas de automóveis instaladas no Brasil. As empresas adaptam suas rotinas e se preparam para possíveis paralisações da produção.
Múltiplos cenários são avaliados dia após dia e envolvem um grande contingente. As filiadas da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) empregam 125.989 funcionários, de acordo com dados de fevereiro.
Quando possível, as empresas têm recomendado o home office. A GM (General Motors) adotou a prática na segunda (16), mesma medida implementada na Renault a partir desta terça (17). A Volkswagen e o grupo PSA Peugeot Citroën seguem essa mesma diretriz: quem pode deve trabalhar em casa.
A direção da GM afirma que estão sendo realizados serviços adicionais de limpeza e higienização nos postos de trabalho para quem precisa ir às fábricas. Há linhas de produção e centros tecnológicos nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
“Em relação às implicações da pandemia na cadeia produtiva, a GM está em contato diário junto aos seus fornecedores globais. Até o momento, nossa produção local não foi impactada”, disse a empresa por meio de comunicado.
Viagens internacionais e eventos locais estão sendo suspensos em todas as fabricantes, mas há dúvidas sobre como ficarão as linhas de montagem.
A Renault disse que, até o momento, não houve impacto na produção. A empresa francesa, que produz carros em São José dos Pinhais (PR), afirma não ter fornecedores diretos da China.
A Honda também afirmou que ainda não houve parada na produção, seja por falta de peças ou de operários. A situação está sendo monitorada diariamente e, segundo a direção da montadora, esse cenário pode ser alterado caso a situação se prolongue.
O problema do momento é garantir a segurança sanitária nas linhas de produção.