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Brasil O ministro da Saúde teve que explicar a Bolsonaro a sua participação em uma reunião com o Supremo e o Congresso Nacional

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Participação do ministro da Saúde em encontro para debater a crise do novo coronavírus incomodou o presidente. (Foto: Alan Santos/PR)

A imagem do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sentado ao lado dos presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado, do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), numa frente dos Poderes para combater o avanço do novo coronavírus, incomodou o presidente Jair Bolsonaro. Em meio à crise da proliferação do vírus, Mandetta precisou se explicar.

A tese no Palácio do Planalto é de que o ministro “caiu numa armadilha” ao ter participado do evento e que quem deveria estar sentado à mesa era Bolsonaro.

Uma ala do Palácio do Planalto observa que o protagonismo de Mandetta na condução da crise contra o novo vírus pode estar ofuscando o brilho do presidente, que recebeu uma enxurrada de críticas por ter participado das manifestações de domingo (15) após o próprio ministro passar recomendações estritas à população para evitar aglomerações. Quem conhece o presidente, lembra que os ministros da Justiça, Sérgio Moro, ou até mesmo o vice-presidente, Hamilton Mourão, já foram criticados por aparecer mais que Bolsonaro.

Apesar do incômodo, há um movimento de defesa da manutenção de Mandetta no Ministério da Saúde até que acabe essa onda viral. Não há garantias de que o presidente iria ao Supremo. Na segunda-feira (16), Bolsonaro se recusou a participar de uma videoconferência com chefes de Estado da Argentina, Peru, Paraguai, Chile, Equador, Colômbia e Bolívia para discutir medidas conjuntas no enfrentamento da pandemia do coronavírus. Coube ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, representar o Brasil na discussão.

Na reunião, que aconteceu a portas fechadas, o ministro apresentou dados atualizados sobre os casos de Covid-19 no Brasil. Depois, demonstrou preocupação com a situação da fronteira entre o Brasil e a Venezuela pela falta de informações do governo venezuelano. Além de Mandetta, participou o advogado-geral da União, André Mendonça. Os ministros Carmen Lúcia, Gilmar Mendes e Roberto Barroso também acompanharam.

Ao dar entrevista coletiva ao final da reunião, Mandetta evitou comentar a ida de Bolsonaro aos atos de domingo. Um dos presentes, Rodrigo Maia havia considerado, no domingo, que a atitude era como um “atentado à saúde pública”. Davi Alcolumbre também criticou a postura do presidente em relação às manifestações. Porém, Mandetta se esquivou.

“Vocês estão todos focando e apontando ali, eu acho que o presidente teve sua passagem que vocês podem questionar. Agora, a praia estava superlotada no Rio de Janeiro. Os bares do Leblon, que eu os conheço… tenho amigos que mandaram fotos brindando (de lá)”, rebateu Mandetta.

Anfitrião, Dias Toffoli  minimizou a ausência de Bolsonaro na reunião, afirmando que o Executivo estava representado pelo ministro Mandetta.

“O Executivo estava presente no seu ministro da Saúde. O presidente Bolsonaro está o tempo todo com o ministro da Saúde”, justificou Toffoli.

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