Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de abril de 2020
O prefeito (foto) foi entrevistado pelo comunicador Gustavo Victorino
Foto: Anselmo Cunha/PMPAEm entrevista exclusiva à Rádio Pampa na manhã desta quinta-feira (16), o prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Júnior falou sobre a vacinação da gripe, coronavírus, o decreto que prorroga medidas de distanciamento social e estabelece condições para reabertura controlada do comércio e sobre as eleições de 2020.
Entrevistado pelo comunicador Gustavo Victorino, o prefeito destacou a importância da vacinação de gripe. “Antecipamos a vacinação para evitar picos de demanda de pessoas como atenção básica. Tivemos bons resultados aqui em Porto Alegre. Tivemos uma parceia com grandes farmácias e colocamos drive-trus para a vacinação além da parceria com a 99 para vacinar os idosos acima de 80 anos em casa. Tudo isso, estou me referindo aos idosos, já atingimos a meta.”
Ao ser questionado sobre o coronavírus, Marchezan destacou que a prefeitura usa como base dois números como referência: Os óbitos e o número de leitos de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva).
“O número de óbitos está no oitavo aqui na Capital. Fizemos comparações com outras cidades do Brasil. O primeiro óbito aqui aconteceu no dia 24 e comparamos com o número de óbitos em outras cidades do Brasil. Iniciamos a suspensão das atividades uma semana antes do primeiro óbito. A segunda questão que parece uma referência para nós é o número de leitos. Temos em média 40 leitos ocupados. O vírus é muito novo e chegou aqui em 8 de março. Os dados são muito rasos e novos. São muitas projeções”, disse o prefeito.
Sobre o decreto do governador Eduardo Leite, Marchezan destacou: “Temos uma ótima relação técnica com o governo do Estado e o Ministério da Saúde. Tem várias situações acontecendo em vários locais e países. Os decretos estão vindo de forma muito rápida com reflexos muito rápidos. É uma situação muito diferente. Não temos como regrar os 497 municípios do Estado. Aqui em Porto Alegre estamos analisando cada caso. Fechar o comércio é um ato muito forte, muito duro. É algo indesejável. É um cenário diferente, com muita dificuldade de fazer projeções.”
Ao ser perguntando se pensa em rever até o final do mês algumas das atividades específicas, Marchezan respondeu: “A gente está recebendo muitos pedidos. Estamos observando todas as áreas. Hoje a posição é de manter até o dia 30. A orientação é
manter o decreto. Mas vamos avaliando dia a dia. Estamos atentos a todos os
dados, leitos de UTIs, EPIs [equipamentos de proteção individual] a ser comprados, testes a ser comprados, número de movimento em transporte que caiu, volume de veículos que circulam em Porto Alegre. Vamos acompanhando tudo para tentar termos decisões menos equivocadas. É tudo muito novo, estamos no meio de um processo, estamos tentando errar menos.
E para finalizar, o prefeito Marchezan comentou sobre as eleições municipais deste ano. “No ponto de vista pessoal é muito difícil de avaliar. A segunda consideração é que a gente não sabe como vai estar o coronavírus daqui 30 dias. O que vai acontecer com a eleição com o coronavírus a gente não sabe. Tomar uma decisão agora seria
precipitado. E o terceiro ponto é que não podemos aproveitar esse momento como desculpa para acontecer as eleições municipais e presidenciais todas no mesmo ano. Não podem ser misturadas e seria um prejuízo termos eleições a cada quatro anos. Não me parece que nós devamos aproveitar o coronavírus para acabar com eleição”, concluiu.
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