Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de abril de 2020
Na primeira quinzena de abril, houve 267.693 pedidos de seguro-desemprego no País
Foto: Marcello Casal Jr./ABrCom o avanço da pandemia de coronavírus, há cerca de 200 mil pedidos de seguro-desemprego na fila, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (28) pelo secretário de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco. São pessoas que têm direito ao benefício, mas ainda não solicitaram. O dado é uma estimativa do governo federal.
O dado oficial de março também foi divulgado pelo Ministério da Economia e mostra aumento de 11% ante fevereiro, para 536.845 pedidos. Se as solicitações de seguro-desemprego represadas tivessem sido feitas, portanto, os números seriam maiores.
Quando comparado a igual mês de 2019, o número de pedidos de seguro-desemprego em março representa queda de 3,5%. Na primeira quinzena de abril, foram 267.693 pedidos de seguro-desemprego, uma redução de 13,8% em relação ao ano anterior.
“Ainda temos uma fila, estamos dando conta rapidamente. Essa demanda reprimida não passa de 200 mil em março e abril. Temos um pequeno aumento no seguro-desemprego em 2020. Mas esse aumento não passa de 150 mil pedidos”, disse Bianco.
As agências do Sine (Sistema Nacional de Emprego) de Estados e municípios estão fechadas por conta do coronavírus. Antes da crise, essas agências estaduais e municipais respondiam por uma média de requerimentos acima de 80%.
Com o fechamento, mais de 90% dos pedidos estão sendo feitos pela internet, o que é pouco usual. No ano passado, apenas 1,5% dos pedidos foram feitos pela internet.
Em março, os Estados com registro de maior número de pedidos foram São Paulo (165.632), Minas Gerais (63.317) e Rio de Janeiro (41.728). Em abril, até agora, esses Estados também lideram os pedidos.
O seguro-desemprego é uma assistência financeira temporária paga pelo governo a trabalhadores dispensados sem justa-causa. O valor do benefício varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03.