Terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de abril de 2020
Eduardo Leite apresentou o modelo de distanciamento controlado em transmissão pela internet
Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio PiratiniO governador Eduardo Leite apresentou, na tarde desta quinta-feira (30), uma versão prévia do sistema de “distanciamento controlado” que entrará em vigor no Rio Grande do Sul a partir da segunda-feira, a fim de permitir a liberação gradual das atividades econômicas e sociais no Estado. As novas diretrizes poderão ser alteradas até este domingo, a partir de sugestões ao Gabinete de Crise do Palácio Piratini.
A base do modelo a ser adotado ao longo de maio é a segmentação, dividindo o mapa gaúcho em “Regionais de Saúde”. Para o acompanhamento dos indicadores, o governo uniu algumas delas, a partir de critérios como os hospitais de referência para leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), e optou por utilizar 20 áreas no modelo de distanciamento controlado.
Regiões a partir da cidade mais populosa:
1. Santa Maria (Centro-Oeste)
2. Uruguaiana (Centro-Oeste)
3. Capão da Canoa (Metropolitana)
4. Taquara (Metropolitana)
5. Novo Hamburgo (Metropolitana)
6. Canoas (Metropolitana)
7. Porto Alegre (Metropolitana)
8. Santo Ângelo (Missioneira)
9. Cruz Alta (Missioneira)
10. Ijuí (Missioneira)
11. Santa Rosa (Missioneira)
12. Palmeira das Missões (Norte)
13. Erechim (Norte)
14. Passo Fundo (Norte)
15. Pelotas (Sul)
16. Bagé (Sul)
17. Caxias do Sul (Serra)
18. Cachoeira do Sul (Vales)
19. Santa Cruz do Sul (Vales)
20. Lajeado (Vales)
Setores como educação, comércio, serviços, indústria, transportes e agricultura, entre outros, terão restrições proporcionais ao nível de segurança do contágio da Covid-19 e o respectivo impacto econômico. No total, a proposta prevê 12 grupos setoriais e protocolos para 50 atividades, de acordo com o impacto.
Protocolos
Cada nível de distanciamento controlado conterá protocolos diferentes. A estratégia do governo prevê quatro estágios de controle, traduzidos em “bandeiras”: amarela, laranja, vermelha e preta. A amarela indica uma situação branda, com medidas mais amenas, e o grau de restrições avança até a preta, quando seria necessário o isolamento social (lockdown).
As regras terão que ser adotadas conforme a bandeira da região e o setor econômico, definindo o que pode ficar aberto, horários, restrições, triagem (medição de temperatura) dos colaboradores, uso obrigatório de EPIs (equipamentos de proteção individual), necessidade de distanciamento mínimo entre pessoas e limitação de público, dentre outros.
Para definir a cor da bandeira, foram definidos dois grandes grupos de medidores: propagação e capacidade de atendimento. Cada um deles tem peso de 50% para a definição das bandeiras. No total, serão acompanhados 11 indicadores. A coleta dos dados será diária, mas a atualização das cores de cada região ocorrerá aos sábados, valendo para a semana seguinte.
Transição
Nesta sexta-feira, o governo do Estado lançará, até sexta-feira (1º), um decreto de transição que ficará vigente até a publicação da norma que definirá o distanciamento social controlado no Estado. Na prática, as regras transitórias devem valer pela semana que vem para que o distanciamento controlado seja implementado na primeira quinzena de maio.
Como o decreto estadual venceu nesta quinta-feira (30) e o novo modelo ainda está sendo elaborado, torna-se necessária a criação de uma normativa temporária.
(Marcello Campos)
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