Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de setembro de 2015
A Casa da Fepagro (Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária) apresentou nesta sexta-feira (4) o debate “Produção Vegetal: Tecnologias em Sistemas Produtivos”. O engenheiro agrônomo e pesquisador do Laboratório de Microbiologia Agrícola da Fepagro Sede, Bruno Lisboa, abordou as “Perspectivas da Fixação Biológica de Nitrogênio em culturas agrícolas”.
Lisboa falou sobre a FBN (Fixação Biológica de Nitrogênio) no âmbito de espécies leguminosas e não leguminosas. De acordo com ele, existem situações onde a FBN é suficiente para satisfazer toda a demanda da cultura por nitrogênio, como é o caso da soja. “A prática da inoculação das sementes com estirpes recomendadas de rizóbios faz com que o Brasil economize anualmente cerca de 1,9 bilhões de reais em fertilizante nitrogenado que não necessita ser aplicado, ou seja, vantajoso tanto no aspecto econômico quanto no ambiental”, explicou.
Porém, segundo ele, há também exemplos em que a FBN ainda não é eficiente para suprimir a fertilização nitrogenada, como ocorre com a cultura do feijoeiro. “Em função de particularidades dessa espécie, bem como pelo fato do melhoramento da cultura estar voltado fundamentalmente para a tolerância a fitopatógenos, ainda é recomendado o emprego de fertilizantes nitrogenados para o seu cultivo, mesmo que seja realizada a inoculação das sementes. Em função disso, esta questão é ainda um importante tema para a pesquisa brasileira”, esclareceu.
O pesquisador também falou sobre as espécies de microrganismos que promovem a FBN em espécies não leguminosas, como milho, trigo e canola, além de outros mecanismos bioquímicos de promoção de crescimento nessas culturas, como a produção de fitormônios e solubilização de nutrientes.