Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2020
Bolsonaro teria afirmado que seus familiares e amigos estariam sendo perseguidos
Foto: PF/DivulgaçãoO presidente Jair Bolsonaro teria vinculado a mudança do superintendente da PF (Polícia Federal) no Rio Janeiro à proteção da sua família em uma reunião ministerial gravada pelo Palácio do Planalto no dia 22 de abril, segundo pessoas que tiveram acesso à gravação.
Bolsonaro teria afirmado que seus familiares e amigos estariam sendo perseguidos e poderiam ser prejudicados. O presidente, segundo relatos, teria dito que não poderia ser “surpreendido” porque, de acordo com ele, a PF não repassava informações.
Conforme as pessoas que tiveram acesso à gravação do encontro, o presidente disse que trocaria, se fosse necessário, o comando da polícia e até o ministro da Justiça – na ocasião, Sérgio Moro, que deixou o governo três dias depois dessa reunião ministerial.
O vídeo da reunião foi exibido nesta terça-feira (12) na PF em Brasília. Moro acompanhou presencialmente a exibição ao lado de integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República), advogados do ex-ministro e integrantes do governo federal e da PF.
Moro acusa Bolsonaro de tentativa de interferência política na PF. O presidente nega as acusações.