Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
27°
Fair

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Diversão pós-pandemia: entenda como os parques temáticos se preparam para reabrir

Compartilhe esta notícia:

Retorno das atividades da Disneyland de Xangai mostra que procedimentos de higiene estão sendo adotados. (Foto: Reprodução)

As selfies em frente ao castelo de contos de fada da Disneyland Shanghai estão de volta. Mas, desta vez, os sorrisos se escondem atrás de máscaras de proteção, itens que se tornaram tão essenciais como tiaras com orelhas de Mickey. Desde segunda-feira, quando reabriu suas portas, o parque temático chinês tem mostrado como este tipo de atração passará a funcionar num mundo ainda assolado pela Covid-19.

As imagens vindas de Xangai e de outros parques que já voltaram a funcionar na Ásia mostram como será este “novo normal”. Terá marcações no chão, para garantir o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre pessoas nas filas. Carrinhos, assentos e barras de segurança de brinquedos serão limpos a cada troca de frequentadores. E todo mundo, de funcionários a crianças, usando máscaras. Tudo isso em áreas bem menos cheias que antes, já que a recomendação é que os parques funcionem com até 50% de sua capacidade — para se ter uma ideia, a Disneyland Shanghai reabriu com 30%.

Estas são algumas das novas regras de segurança sanitária estabelecidas contra o novo coronavírus pela Associação Internacional de Parques de Diversões e Atrações (Iaapa, na sigla em inglês), e que balizam os protocolos de parques do mundo todo, inclusive os brasileiros, representados pela Associação das Empresas de Parques de Diversão do Brasil (Adibra) e pelo Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat).

As duas entidades lançaram em conjunto, na última terça-feira, 12 de maio, uma cartilha com mais de 80 recomendações de segurança, baseadas no protocolo da Iaapa e nas determinações do Ministério da Saúde. As orientações vão desde a medição de temperatura do visitante na entrada do parque aos padrões de cloro nas piscinas, passando pela interdição de bebedouros e fornecimento amplo de álcool em gel por toda a parte.

“Seguir check-lists de segurança faz parte da operação diária de parques temáticos, aquáticos e de diversões. A lista das novas regras de higiene será mais uma a entrar na rotina”, diz a presidente da Adibra, Vanessa Costa. “Há muitos detalhes que passam despercebido do público, mas que são fundamentais, como o tipo de produto de limpeza que deve ser usado em cada material. Um erro na escolha do produto pode danificar o equipamento e, consequentemente, colocar a segurança das pessoas em risco.”

Acrescentar tantos procedimentos novos ao complexo check-list de segurança dos parques pode deixar o serviço mais lento? Para o presidente do Hopi Hari, Alexandre Rodrigues, esses efeitos colaterais serão contornáveis:

“Acredito que se trata de uma nova realidade, com a qual todos os parques, funcionários e visitantes terão que aprender. Todos deveremos nos reinventar. As filas, lentidão nos serviços, redução de números de visitantes são situações de gestão, em que cada parque terá que se redescobrir e fazer cada vez melhor dentro deste protocolo.”

Momento de investir em tecnologia

A pandemia antecipou também a necessidade de investir em tecnologias que diminuam o contato entre as pessoas. Filas virtuais, ingressos eletrônicos e pagamento sem contato serão corriqueiros em muito pouco tempo, acredita Murilo Pascoal, CEO do Beach Park e presidente do Sindepat.

“No parque, já estamos trabalhando para substituir todos os cardápios de papel por eletrônicos, que poderão ser acessados via QR code pelo celular. Em outros momentos, levaríamos meses para implementar um processo como esse. Mas agora os visitantes, mais conscientes com a questão da segurança, terão a cabeça mais aberta para essas mudanças”, acredita o executivo.

Parques aquáticos, como o da cearense Aquiraz, vizinha de Fortaleza, têm particularidades importantes. Pascoal explica que o uso de máscaras será obrigatório nas áreas “secas” do Beach Park, mas não nos toboáguas e piscinas, onde o equipamento, inclusive, pode oferecer riscos à segurança do frequentador. ele diz que o visitante deverá tirar a máscara antes de mergulhar e guardá-la num lugar protegido.

“Há estudos do CDC (Centro de Controle de Doenças do governo dos Estados Unidos) mostrando que ainda não se detectou a transmissão do novo coronavírus na água com cloro. Mesmo assim, já estamos treinando nossos salva vidas para evitar grandes aglomerações de pessoas nas piscinas”, afirma.

Quando os parques voltarão a abrir?

Nem Pascoal nem Vanessa sabem quando poderão reabrir seus empreendimentos. Aliás, na maior parte do mundo, a data de reabertura dos parques temáticos é uma incógnita. Na Flórida, por exemplo, com exceção de restaurantes nas áreas comerciais Universal Citywalk (que começam a reabrir nesta quinta-feira) e Disney Springs (a partir do dia 20), não há previsão para retorno das atividades dos parques.

Os resorts de Orlando deverão adotar medidas semelhantes das que já estão sendo praticadas nas unidades asiáticas. Tanto nos parques do Walt Disney World (fechados até segunda ordem) e do Universal Orlando Resort (fechados, a princípio, até 31 de maio) terão medição de temperatura dos visitantes e funcionários, obrigatoriedade de uso de máscaras, marcações no chão para garantir a distância de 1,5 metro entre as pessoas nas filas, oferta de álcool em gel e postos de limpeza das mãos em diversos pontos, e redução de capacidade dos parques.

No grupo Sea World, que administra também o Busch Gardens, algumas mudanças significativas. No parque Discovey Cove, que tem serviço all-inclusive de alimentação, o visitante não poderá mais entrar a qualquer momento no restaurante bufê. Em vez disso, precisará marcar um horário para fazer as refeições. Outra alteração é o fim, temporário, do transporte entre Orlando e Tampa, onde fica o Busch Gardens.

No Brasil, apenas alguns parques no Rio Grande do Sul, que autorizou o retorno dessas atividades, conseguem responder a essa pergunta. O Snowland, em Gramado, anunciou que abrirá as portas em 5 de junho. Entre as medidas de segurança adotadas pelo parque estão o reforço na lavagem dos trajes de frio usados pelos visitantes (que será feita com produtos mais potentes e em maior quantidade de vezes ao longo do dia) e o estabelecimento de visitas guiadas, para que os frequentadores caminhem em pequenos grupos.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

A Espanha adotou a quarentena para viajantes do exterior em meio a redução de mortes por coronavírus no país
A prefeitura de Londres proibirá carros no Centro da cidade para estimular caminhadas e ciclismo
https://www.osul.com.br/diversao-pos-pandemia-entenda-como-os-parques-tematicos-se-preparam-para-reabrir/ Diversão pós-pandemia: entenda como os parques temáticos se preparam para reabrir 2020-05-15
Deixe seu comentário
Pode te interessar