Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2015
A Hungria pretende mobilizar forças militares em suas fronteiras para conter a entrada de refugiados no país. A medida poderá ser adotada a partir do dia 15 deste mês caso o Parlamento aprove uma proposta do governo, afirmou, nesse sábado, o primeiro-ministro do país, Viktor Orban.
“As grandes mudanças virão depois de 15 setembro (…) e nós vamos colocar a fronteira sob controle passo a passo”, disse Orban em entrevista coletiva. “Vamos mandar a polícia, então, se conseguirmos a aprovação do Parlamento, vamos implantar os militares.”
O controverso premiê, acusado de acumular poderes, acrescentou que a “oferta de imigrantes é infinita”. “Não são os 150 mil [migrantes vindo] que alguns querem dividir de acordo com quotas, não são 500 mil, um número que eu ouvi em Bruxelas [Bélgica], são milhões, em seguida, dezenas de milhões, porque a oferta de imigrantes é infinita.”
Crise migratória
A Europa vive uma crise migratória de enormes proporções. Guerras, pobreza, repressão política e religiosa são alguns dos motivos que fazem milhares de pessoas saírem de seus países em busca de uma vida melhor no continente europeu.
Relatório da Organização das Nações Unidas, mostra que neste ano, mais de 220 mil imigrantes teriam chegado à Europa pelo Mediterrâneo. Os principais destinos são Grécia, França, Itália e Inglaterra. Centenas já morreram tentando chegar à Europa. O caso mais chocante foi o do menino sírio Aylan Kurdi, 3 anos, morto por afogamento após tentativa fracassada de navegar para a ilha grega de Kos.
(Reuters e AG)