Sábado, 18 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de maio de 2020
O Rio Grande do Sul, de acordo com o boletim da SES (Secretaria Estadual da Saúde), chegou a 8.234 registros de casos de coronavírus nesta quinta-feira (28), devido ao acréscimo de mais 1.190 registros em relação ao dia anterior – recorde de registros em 24 horas. O número estimado de pacientes curados é de 5.891 (72%). Também foram registrados quatro novos óbitos, que já somam 213.
As quatro mortes mais recentes por Covid-19 abrangem vítimas residentes nos seguintes municípios:
– Porto Alegre (mulher, 49 anos);
– Porto Alegre (mulher, 78 anos);
– Porto Alegre (homem, 89 anos);
– Santa Rosa (homem, 64 anos).
Um 35º óbito chegou a ser computado, mas segundo a SMS (Secretaria Municipal de Saúde), investigação do Hospital Conceição nesta quinta-feira concluiu que um óbito notificado em 25 de maio não se refere a morador de Porto Alegre. A vítima residia em um município de Santa Catarina e informou endereço de familiar no momento da internação. Assim, a Capital tem 34 óbitos confirmados de moradores.
Diferença em Porto Alegre
A Capital, segundo a SES, tem 605 casos confirmados de coronavírus. Os números da SMS (Secretaria Municipal da Saúde), no entanto, registram mais de mil casos em Porto Alegre.
A divergência, segundo a SES, ocorre pela exigência, pelo Ministério da Saúde, de que os registros pelos municípios sejam feitos no sistema e-SUS Notifica. Todos os demais municípios preenchem essa plataforma.
A SMS informa que essa diferença passou a ocorrer justamente a partir do início dessa exigência, em 15 de maio. Conforme a pasta, desde o início da pandemia Porto Alegre utiliza um sistema próprio, que permite acompanhar e encaminhar pacientes desde a consulta, enquanto o e-Sus Notifica permitiria apenas o registro do resultado.
Leitos no interior
O governo do Estado repassará valores a sete hospitais gaúchos para cobrir o custo de leitos. O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Leite nesta quinta (28), durante transmissão ao vivo nas redes sociais. Os leitos já estão prontos – com aparelhos e equipes médica e de enfermagem à disposição –, mas ainda não foram habilitados pelo governo federal.
Para permitir o funcionamento imediato, o Executivo decidiu custear esses 47 leitos em sete hospitais de sete municípios gaúchos – Capão da Canoa, São Sebastião do Caí, São Gabriel, Espumoso, Passo Fundo, Erechim e Soledade. A diária de cada leito é de R$ 1,6 mil.
“Estamos ampliando nossa capacidade de UTI em mais de 60%. Nosso objetivo é garantir que ninguém fique sem atendimento. Enquanto os leitos não forem habilitados pelo Ministério da Saúde, viabilizaremos esse custo”, disse Leite.
O custeio dos leitos se dará mediante a ocupação do leito – ou seja, não há pagamento prévio ou valor fechado pelo leito em si, e sim pela ocupação do leito.
No início de maio, o governador havia anunciado que o Estado faria o aporte dos recursos necessários para a habilitação de 139 leitos estaduais, distribuídos em 18 hospitais. No dia 19 de maio, o governo federal fez o repasse, em parcela única, de R$ 34,8 milhões, possibilitando a habilitação desses 139 leitos de UTI.
O restante do valor foi repassado a outros 131 leitos de hospitais com gestão plena, ou seja, sob gestão municipal.
Confira quantos leitos serão custeados em cada um dos sete hospitais:
1 leito – Hospital Santa Luzia – Capão da Canoa;
5 leitos – Hospital Sagrada Família – São Sebastião do Caí;
5 leitos – Hospital Santa Casa de São Gabriel – São Gabriel;
5 leitos – Hospital Notre Dame São Sebastião – Espumoso;
20 leitos – Hospital São Vicente de Paulo – Passo Fundo;
5 leitos – Hospital Santa Terezinha – Erechim;
6 leitos – Hospital de Caridade Frei Clemente – Soledade.
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