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Política Procurador-geral da República diz que sente desconforto com suposta indicação para ministro do Supremo

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Para qualquer jurista, chegar a ocupar uma das onze cadeiras de ministro da suprema corte é sinal de prestígio na carreira

Foto: PGR/Divulgação
Procurador-geral da República respondeu sobre o tema durante sabatina no Senado. (Foto: PGR/Divulgação)

O procurador-geral da República, Augusto Aras, divulgou que sente “desconforto com a veiculação reiterada de seu nome para ocupar uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal)”.

Para qualquer jurista, chegar a ocupar uma das onze cadeiras de ministro da suprema corte é sinal de prestígio na carreira. Mas Augusto Aras, que é membro do Ministério Público desde 1987, lembra que seria uma honra mas hoje ele já comanda a chefia de sua instituição.

“Conquanto seja uma honra ser membro dessa excelsa Corte, o PGR sente-se realizado em ter atingido o ápice de sua instituição, que também exerce importante posição na estrutura do Estado”, disse em nota divulgada no fim da noite desta sexta-feira, assinada por ele.

O presidente Jair Bolsonaro acenou com uma vaga para Aras na suprema corte, durante transmissão na internet na quinta-feira (28). Apontou para escolha de Aras em uma terceira vaga no STF, apesar deste mandato presidencial lhe permitir a indicação de apenas duas vagas.

Para chegar ao cargo de procurador-geral, Aras foi indicado por Bolsonaro. Trata-se de prerrogativa da presidência da República. “Aceitar a nomeação para a chefia da Procuradoria-Geral da República, não teve o atual PGR outro propósito senão o de melhor servir à Pátria, inovar e ampliar a proteção do Ministério Público Federal e oferecer combate intransigente ao crime organizado e a atos de improbidade que causam desumana e injusta miséria ao nosso povo”, diz.

O mandato de Aras acaba no fim de 2021. Até lá, muita água pode rolar mas o procurador diz que quer continuar procurador. “O PGR considerar-se-á realizado se chegar ao final do seu mandato tão somente cônscio de haver cumprido o seu dever”, encerra a nota.

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