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Política O governo nomeou o chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira para comandar o Fundo Nacional e Desenvolvimento da Educação

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Há consenso de que não existem os 308 votos necessários para aprovar a reforma no plenário. (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

O governo federal nomeou o chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a presidência do Fundo Nacional e Desenvolvimento da Educação (FNDE). A nomeação de Marcelo Lopes da Ponte foi publicada nesta segunda-feira (1º) no Diário Oficial da União (DOU), com a assinatura do ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto. O fundo tem orçamento de R$ 54 bilhões.

Ciro Nogueira é presidente do PP, um dos partidos do Centrão que passou a negociar cargos com o presidente Jair Bolsonaro em troca de apoio no Congresso. O senador é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por organização criminosa. Ele também foi denunciado recentemente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas essa denúncia ainda não foi analisada. Os dois processos ocorrem no âmbito da Operação Lava-Jato.

Há duas semanas, o governo já havia nomeado um indicado do PL para a Diretoria de Ações Educacionais do FNDE. O nomeado para a diretoria é o advogado Garigham Amarante Pinto, antes assessor da liderança do PL na Câmara dos Deputados. Ele é nome de confiança de Valdemar Costa Neto, ex-deputado condenado no esquema do mensalão e a ainda em controle da sigla, apesar de não ser formalmente o presidente do partido.

Outras nomeações recentes de indicados por partidos do centrão foram de um indicado do PP para a diretoria-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e de um indicado do PSD para a presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Bolsonaro admitiu na semana passada que o governo está entregando cargos para indicados do Centrão e disse que as conversas com os partidos passam também por possíveis alianças na eleição de 2022. O presidente afirmou que os parlamentares se sentem “prestigiados” com as indicações e acrescentou que os deputados, muitas vezes, querem dizer que são os “donos” de determinadas obras.

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