Sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de setembro de 2015
Apenas quatro meses depois de dar à luz Charlotte Diana, Kate Middleton pode estar à espera do terceiro herdeiro. De acordo com a revista britânica Star, a duquesa de Cambridge está grávida novamente do príncipe William. Ele teria dito que a notícia é uma “surpresa maravilhosa”. Segundo médicos, dar um intervalo de tempo tão curto entre uma gestação e outra pode ser perigoso, uma vez que é preciso respeitar o período de cicatrização do útero após o nascimento de um bebê.
“No caso de cesariana, o ideal é esperar um ano e meio, pelo menos, entre um parto e outro. Para quem teve parto normal, como não houve corte no útero, o intervalo pode ser de um ano”, diz o ginecologista e obstetra Antonio Paulo Stockler. “De qualquer forma, estudos mostram que ter um filho logo após o outro aumenta o risco de parto prematuro e abortamento.”
Ruptura uterina pode colocar feto em risco.
Segundo a ginecologista e obstetra Vera Fonseca, mulheres que foram submetidas à cesariana e engravidaram logo depois devem fazer parto cirúrgico novamente, para minimizar o risco de ruptura uterina.
“Caso a gestante opte pelo parto normal, o risco de isso acontecer é maior. Pode ocorrer a morte do feto e até da mãe, por hemorragia, caso o diagnóstico não seja realizado rapidamente”, explica.
Dar um intervalo de tempo razoável entre uma gravidez e outra é importante também para que a mulher possa se dedicar à amamentação da criança que já nasceu. “É importante que a paciente se consulte com o ginecologista após o parto, para ser orientada sobre o uso de anticoncepcional, que pode não ser o mesmo que ela utilizava antes”, afirma Stockler.
Amamentação diminui a fertilidade.
A amamentação exclusiva faz com que a ovulação fique irregular. Assim, diminui as chances de gravidez, mas não pode ser considerada um método contraceptivo confiável. “Pode ser que, em um dia em que a mulher reduza a frequência das mamadas, ocorra a ovulação”, esclarece Vera.
Os métodos contraceptivos devem começar a ser usados seis semanas após o parto, exceto o DIU (dispositivo intrauterino), que pode ser posicionado no útero nas primeiras 48 horas depois do nascimento do bebê. A retomada da atividade sexual não é indicada nas seis primeiras semanas pós-parto.
“Os tecidos vaginais estão sensíveis, e o sexo não é confortável para a mulher. Também existe um risco maior de infecções”, diz Stockler. Durante a amamentação, só é permitido o uso de pílulas anticoncepcionais à base de progesterona. Medicamentos com estrogênio podem diminuir a produção de leite. (AG)