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Mundo Coronavírus atinge de forma mais dura as Américas, diz a Organização Mundial da Saúde

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Américas do Norte e do Sul têm quatro dos 10 países mais afetados

Foto: Reprodução
Américas do Norte e do Sul têm quatro dos 10 países mais afetados. (Foto: Reprodução)

O continente americano está carregando o fardo da pandemia global de coronavírus neste momento, disse a OMS (Organização Mundial da Saúde). As Américas do Norte e do Sul atualmente apresentam quatro dos 10 países mais afetados pela doença em todo o mundo.

A doença está “altamente ativa” nas Américas Central e do Sul, afirmou nesta sexta-feira (12), em Genebra, o chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, destacando problemas no Brasil e no México. A situação atual do Brasil, agora um dos epicentros mundiais do coronavírus, é uma preocupação crescente, principalmente nas cidades densamente povoadas, disse Ryan.

O sistema de saúde do Brasil “ainda está suportando”, embora algumas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) estejam em um estágio crítico e sob forte pressão, com mais de 90% de taxas de ocupação do sistema de cuidado intensivo, disse Ryan.

Números em alta

O México tem quase 130 mil casos confirmados de Covid-19, e mais de 15 mil mortos, afirmou a OMS. O Brasil é o segundo país mais atingido no mundo, com mais de 800 mil casos e 41 mil mortos, de acordo com uma contagem da agência de notícias Reuters.

Ambos os países estão atrás dos Estados Unidos, que têm os piores números, com mais de 2 milhões de casos e perto de 114 mil mortes. “Estamos na ascensão dessa pandemia, principalmente no sul global”, disse Ryan. “Alguns países estão tendo problemas para sair dos chamados lockdowns enquanto estão vendo aumentos nos números de casos”, frisou.

É possível que a doença esteja se espalhando novamente enquanto as sociedades estão em reabertura e as pessoas estão voltando a se encontrar, especialmente onde não houve um número adequado de testes e o distanciamento social foi insuficiente.

Pressões

Ainda assim, Ryan reconheceu as pressões sobre esses países para se voltar ao normal e principalmente reduzir os danos econômicos que a crise trouxe. “Há um equilíbrio cuidadoso entre manter as pessoas em casa e o efeito desfavorável sobre a economia e a sociedade. Não é um equilíbrio fácil. Não há respostas corretas”, disse Ryan.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanmo Gheybreyesus afirmou que vigilância é necessária em todo mundo contra “o vírus muito perigoso” mesmo em regiões onde ele parece estar em queda. “Nosso temor é que, embora ele esteja em declínio na Europa, ele está crescendo em outras partes do mundo. Mesmo a Europa não pode estar em segurança, pois o vírus pode ser reintroduzido no continente”, finalizou.

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