Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Flavio Pereira | 24 de junho de 2020
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os milionários recursos destinados pelo Governo Federal para que Estados e municípios adquirissem equipamentos de proteção da população contra o coronavírus continuam gerando denúncias de corrupção em todo o País. A Operação Para Bellum, investigação sobre indícios de fraude na compra sem licitação de respiradores para o enfrentamento do novo coronavírus, que custou ao Estado do Pará o valor de R$ 50,4 milhões e apura envolvimento do governador Helder Barbalho (MDB) – que teve seus bens bloqueados –, chegou ao Rio Grande do Sul. O desdobramento deu-se ontem, com a Operação Matinta Pereira, no Rio Grande do Sul.
O foco da investigação
O esquema investigado na Operação Para Bellum, no Pará, e no seu desdobramento, a Operação Matinta Pereira, teria se aproveitado da emergência causada pela pandemia do coronavírus para dispensar licitação e adquirir equipamentos sem serventia para o tratamento dos doentes.
Apreensão de 300 obras de arte e dinheiro vivo
Cumprindo ordem judicial do ministro do Superior Tribunal de Justiça Francisco Falcão, a Polícia Federal apreendeu ontem cerca de 300 obras de arte, avaliadas em R$ 20 milhões, R$ 70 mil em espécie, jóias, relógios e dinheiro, guardados em imóveis em Porto Alegre na rua Duque de Caxias, e no Condomínio Enseada, em Xangri-Lá, vinculados ao presidente do Conselho Nacional dos Secretários da Saúde, o secretário de Saúde do Pará, Alberto Beltrame. O secretário, em nota, justificou que as obras de arte e o dinheiro, “são fruto de 35 anos de trabalho. Todas elas foram adquiridas antes de minha gestão como Secretário de Saúde no Pará”.
Restrições levarão à quebradeira do comércio e serviços em Porto Alegre
Cansados do abre e fecha orientado mais pelo humor dos governantes e pressões políticas que por critérios técnicos, entidades como o Sindha – Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região, em nota assinada pelo seu presidente Henry Chmelnitsky, protesta, contra o verdadeiro lockdown estabelecido para os restaurantes, bares e lanchonetes de Porto Alegre.
FIERGS diz que governo gaúcho e prefeitura desorganizam a economia privada.
Em nota, a FIERGS, Federação das indústrias do Rio Grande do Sul, faz dura crítica à instável política dos governos em relação à ampliação das restrições para atividades da indústria. No caso de Porto Alegre, a entidade assinala que nessa terça-feira (23), as restrições trazem mais perdas ao setor e desorganizam a economia privada, já bastante afetada pela pandemia provocada pelo coronavírus.
“Essas constantes alterações e mudanças de uma semana para outra nos dão muita insegurança. O industrial não pode programar sua produção e o empregado não sabe quando vai trabalhar, se vai trabalhar ou manter seu emprego”, afirma o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
Restrição de atividades: esqueceram de combinar com o vírus
As mais de 52.000 vítimas fatais da Covid-19 no Brasil, ocorreram em plena quarentena e lockdown decretados pelos governadores e prefeitos!
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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