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Por Redação O Sul | 30 de junho de 2020
Nos Estados Unidos, Nova York está tentando aprender com os erros de outras cidades e Estados para avançar com segurança no processo de reabertura da economia.
Na cidade vertical, os espaços públicos são o quintal dos nova-iorquinos. Lugares feitos para serem compartilhados e que agora passam por adaptações.
As calçadas estreitas ficaram mais largas com a ajuda de obstáculos para limitar as faixas para os carros. Bebedouros ganharam uma nova utilidade.
O prefeito Bill de Blasio e o governador Andrew Cuomo estão de olho no que aconteceu em outras regiões. Em 32 dos 50 Estados americanos, a Covid-19 voltou a avançar com a retomada prematura das atividades. Em 14, as autoridades tiveram que fechar de novo bares, restaurantes e até praias depois de uma explosão de novos casos.
Cuomo avisou que pode adiar a volta do serviço na parte interna dos restaurantes, que estava prevista para próxima segunda-feira (6).
Os teatros da Broadway, uma das maiores atrações de Nova York, anunciaram na segunda (29) que só vão reabrir em 2021. Até lá, vão investir em adaptações para permitir o distanciamento social. E a tradicional escadaria da Times Square, ponto quase obrigatório para selfies, por enquanto está vazia e não tem prazo para voltar a receber turistas.
100 mil casos
Anthony Fauci, consultor médico da Casa Branca, alertou nesta terça-feira (30) que os Estados Unidos podem ter 100 mil novos casos de coronavírus diariamente se não forem tomadas medidas para interromper a pandemia.
“Agora estamos tendo 40 mil novos casos por dia”, disse o especialista, diretor do Instituto Americano de Doenças Infecciosas, em audiência perante o Comitê de Saúde e Educação do Senado.
“Eu não ficaria surpreso se atingirmos 100 mil por dia se isso não mudar”, advertiu.
Ele se recusou a prever o número de mortes que a onda atual poderia causar, mas de acordo com uma estimativa divulgada na semana passada pelos Centros de Prevenção e Controle de Doenças, o país pode atingir entre 130 mil e 150 mil mortes por Covid-19 até 18 de julho.
O balanço atual é de pelo menos 126 mil mortos.
Quatro Estados americanos (Califórnia, Arizona, Texas, Flórida) representam agora metade dos novos casos.
Crescimento
O número total de casos confirmados do novo coronavírus nos Estados Unidos subiu para 2.581.229, de acordo com a atualização desta terça do CDC (Centro para o Controle e Prevenção de Doenças americano). Já o número de mortes em decorrência da Covid-19 atingiu impressionantes 126.739.
Em relação a segunda-feira (29), foram 35.664 novos casos confirmados da Covid-19 no país, um crescimento de 1,4%. O ritmo é menor do que o registrado no dia anterior: de domingo (28) para segunda o aumento foi de 1,6% (de 2.504.175 para 2.545.250 casos).
Já o ritmo de mortes regrediu em relação ao dia anterior, com aumento de cerca de 0,2% (126.369 para 126.739). De domingo para segunda, o crescimento foi de 0,7% (125.484 para 126.369).
O Estado de Nova York é o que registra o maior número de casos oficiais da Covid-19 nos Estados Unidos, com um total de 394.667, seguido por Califórnia (216.550 casos) e Nova Jersey (171.272 casos).
Considerados os casos oficiais e as mortes, a taxa de letalidade da Covid-19 nos Estados Unidos é de 4,9%. O maior pico de novos casos de coronavírus foi registrado no dia 28 de junho, quando o país confirmou 44.703 novos infectados pela doença.