Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de julho de 2020
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou os juros do cartão de crédito e do cheque especial dos bancos. Segundo ele, esse dois produtos distorcem o sistema financeiro brasileiro para pior.
Para ele, que se referiu ao cheque especial como uma “extorsão” ao cidadão, o ideal é que esse debate conte com a iniciativa do próprio sistema financeiro que, na opinião do deputado, precisa melhorar sua relação com a sociedade.
Na avaliação do presidente da Câmara, os bancos poderiam estar ajudando mais para facilitar o crédito para micro, pequenas e médias empresas, mas ele ressaltou que aumentar a tributação sobre os bancos não é uma solução.
“Os recursos não estão chegando e isso vai gerando um ambiente contra os bancos, mas não adianta, quando se aumentam os impostos, isso transfere para o consumidor. O problema do Brasil não é o tamanho da carga tributária, mas como ela é cobrada”, afirmou.
Maia disse ser contra o tabelamento de taxas de juros de cartão de crédito e cheque especial, mas defendeu, por outro lado, que esses produtos passem por uma reformatação.
As declarações de Maia foram dadas durante uma live promovida pela Genial Investimentos na terça-feira (7).
Maia informou ainda, após o presidente Jair Bolsonaro anunciar que testou positivo para Covid-19, que fará um exame de sangue, já que esteve com o chefe do Executivo há seis dias.
O presidente da Câmara minimizou o impacto político da doença de Bolsonaro, e disse acreditar que ele continuará suas atividades à distância, do Palácio da Alvorada, onde reside.
Educação Básica
Maia também disse que, na semana que vem, vai pautar a proposta que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Segundo ele, o texto (PEC 15/15), que está em análise em uma comissão especial, ainda será aperfeiçoado em algumas reuniões com o governo nesta semana.
O Fundeb foi criado em 2006 por uma emenda constitucional (EC 53) que estabeleceu o prazo de 14 anos para sua vigência. Esse prazo termina no dia 31 de dezembro deste ano.
Durante a live, Maia adiantou que há ainda a possibilidade de se votar uma nova proposta sobre o piso salarial dos professores.
“É importante fazer a mudança do piso nacional, esses aumentos anuais geram distorções e a perda da administração das contas públicas”, defendeu. As informações são da agência de notícias Reuters e da Agência Câmara de Notícias.