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Rio Grande do Sul O relatório semanal da Receita gaúcha indica recuperação no desempenho da indústria no Rio Grande do Sul

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Índice de Desenvolvimento do setor no Estado cresceu 4,6% em setembro. (Foto: EBC)

A Receita Estadual publicou, nesta quarta-feira (15), a 16ª edição de seu boletim semanal sobre impactos da pandemia de coronavírus nas movimentações econômicas dos contribuintes de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) no Rio Grande do Sul. Em destaque, o desempenho positivo das vendas da indústria, com crescimento frente a períodos equivalentes de 2019.

Disponível para consulta no site do governo gaúcho, a publicação considera o período entre 16 de março (quando foram adotadas as primeiras medidas de quarentena) e 10 de julho (sexta-feira passada).

Na última semana analisada, entre 4 e 10 de julho, as vendas da indústria aumentaram 4,4%. A sequência desde o início de junho indica variações de +2,7%, -10,3%, +2,6%, -14,1%, e -3,4%. No acumulado, há queda de -12,2%.

“O fato de estarmos alternando entre resultados positivos e negativos é um avanço, visto que anteriormente o setor industrial havia apurado dez semanas consecutivas de perdas em relação ao ano anterior”, salienta o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira.

Dentre os setores industriais, o destaque positivo da semana é o segmento de Veículos, que apresentou seu primeiro crescimento interanual desde março, passando seu indicador semanal de -3,6% para +5,9%, e diminuindo também sua perda acumulada no período da crise de -53,3% para -51%.

O fator que mais influenciou o desempenho positivo foram as vendas de peças automotivas. O volume médio diário de operações, que estava entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões até a metade de junho, passou à faixa de R$ 50 milhões a R$ 60 milhões nas últimas duas semanas.

Apesar da melhora, o setor continua sendo o segundo mais impactado no período total da crise, atrás apenas do ramo Coureiro-Calçadista, que tem queda de -55,3%.

Os segmentos de Metalurgia (-31,5%) e Têxteis e Confecção (-24,0%) também estão entre as que apresentam as maiores perdas. Por outro lado, os maiores ganhos acumulados ocorrem na indústria de alimentos, com destaque para Arroz (+40,4%), Suínos (+31,0%) e Trigo (+23,5%).

Atacado e varejo

Na análise do atacado, a performance segue estável. Nas últimas cinco semanas as variações frente a períodos equivalentes de 2019 oscilaram entre -0,9% e +3,3%, com índice de -0,3% entre 4 e 10 de julho.

No acumulado desde o início da pandemia, há crescimento de +1%. Os melhores desempenhos ocorrem nos atacadistas de Alimentos e de Insumos Agropecuários, com ganhos acumulados, respectivamente, de +28,7% e +39,8%.

A atividade Varejista, por sua vez, após apresentar crescimento na segunda semana de junho, registra novamente quatro semanas consecutivas de perdas. O indicador no período de análise da 16ª edição do boletim (4 a 10 de julho) foi de -8,2%. No acumulado, a redução é de -13,2%.

Os únicos setores com performance positiva são Supermercados (+18,5%) e Medicamentos (+3,9%). A maior queda continua sendo apresentada pelo setor varejista de Vestuário (-49,2% no acumulado da crise).

Na visão por região do Estado, conforme os 28 Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), as vendas do varejo nas localidades cuja participação na atividade industrial gaúcha é maior (Metropolitano Delta do Jacuí, Vale do Rio dos Sinos, Serra, Sul e Vale do Taquari, que respondem por três quartos da produção industrial do Estado) vêm sendo mais impactadas que nas regiões com menor participação industrial.

O indicador de curto prazo (14 dias) do primeiro grupo está em -12,3%, enquanto para o segundo encontra-se em -2,6%.

(Marcello Campos)

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