Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de julho de 2020
Tedros Adhanom Ghebreyesus é o presidente da OMS.
Foto: José Cruz/Agência BrasilA OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou nesta sexta-feira (17) que a pandemia do coronavírus no Brasil atingiu o “platô”, ou seja, um patamar estável, embora ainda alto. A entidade, no entanto, alerta que não há garantia de que casos irão diminuir por si só.
“O crescimento no Brasil não é mais exponencial, ele atingiu o platô”, disse o diretor-executivo do programa de emergências da OMS, Michael Ryan, em entrevista coletiva virtual.
Ryan também alertou que “não há absolutamente nenhuma garantia” de que os novos contágios diminuirão “por si só”. “Existe uma oportunidade agora para o Brasil empurrar a doença para baixo”, disse.
Conforme o Ministério da Saúde, a semana passada teve a primeira diminuição nos novos casos em relação à anterior desde o início da pandemia: foram 262.846 contágios entre 5 e 11 de janeiro, contra 263.337 nos sete dias anteriores – as estatísticas não levam em conta a subnotificação que caracteriza a crise no País.
O número de novos óbitos tem se mantido em um patamar pouco superior a 7 mil por semana desde meados de junho. Até o momento, o Brasil soma pouco mais de 2 milhões de pessoas infectadas e cerca de 76,7 mil mortes, atrás apenas dos Estados Unidos.
Entre a maior parte dos países que conseguiram controlar a pandemia, especialmente na Europa, o começo do relaxamento das medidas de confinamento ocorreu apenas depois de suas curvas terem saído do “platô”, como a Itália, que ainda não experimentou uma possível “segunda onda” de contágios.