Domingo, 16 de março de 2025
Por Redação O Sul | 23 de julho de 2020
A antecipação do saque-aniversário do FGTS foi regulamentada pelo governo no fim de maio
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilA Caixa Econômica Federal anunciou, nesta quinta-feira (23), uma nova linha de crédito para os trabalhadores que optaram pelo saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e quiserem antecipar as retiradas sem precisar aguardar o cronograma.
Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, será possível antecipar até três parcelas anuais no valor mínimo total de R$ 2 mil, com juros de 0,99% ao mês. A nova modalidade começa a funcionar na segunda-feira (27) e pode ser contratada pelo aplicativo do FGTS. O trabalhador poderá indicar um outro banco de sua preferência para transferir o dinheiro.
“No momento de pandemia, estamos lançando esta linha de crédito para que os trabalhadores a contratem de forma digital, sem precisar ir a uma agência. Os juros são até 75% mais baixos do que os de outras linhas de crédito pessoal disponível no mercado”, afirmou o presidente da Caixa.
“É uma linha de crédito muito interessante para os trabalhadores, muito rápida, muito ágil. É uma linha muito barata”, disse Guimarães, acrescentando que a redução de juros em relação a outras modalidades chega a ser de 75%.
A antecipação do saque-aniversário do FGTS foi regulamentada pelo governo no fim de maio e vai funcionar de forma semelhante à restituição do Imposto de Renda, modalidade já oferecida pelos bancos.
Os recursos vão direto para abater a dívida. A Caixa é o primeiro banco a oferecer a nova modalidade, que pode ser operada também por outros bancos. De acordo com a Caixa, 6,1 milhões de trabalhadores fizeram opção pelo saque-aniversário do FGTS e têm na conta vinculada um saldo total de R$ 14,5 bilhões. Do total de cotistas, 3,9 milhões são clientes da Caixa. A instituição financeira terá R$ 5 bilhões em recursos para a nova linha de crédito.
Ainda de acordo com o banco, atualmente há 61 milhões de trabalhadores com contas do FGTS, que somam R$ 390 bilhões em depósitos.