Domingo, 10 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de julho de 2020
Fundador da Qualicorp é preso em operação da PF que investiga suposto caixa 2 de Serra.
Foto: Geraldo Magela/Agência SenadoA Justiça Eleitoral determinou, na noite desta sexta-feira (24), a libertação do empresário José Seripieri Filho, sócio e fundador da Qualicorp. Seripieri estava preso havia quatro dias, após uma operação da Polícia Federal que investiga suposto caixa 2 na campanha de José Serra (PSDB) ao Senado em 2014.
O empresário José Seripieri Filho, sócio e fundador da Qualicorp, foi preso após as investigações apontarem que ele fez doações não contabilizadas de R$ 5 milhões ao tucano.
A decisão, do juiz eleitoral Marco Antônio Martins Vargas, titular da 1ª Zona Eleitoral em São Paulo, revogou as prisões temporárias, já que eles tinham a prisão decretada pelo período de até 5 dias. Além de Seripieri, mais dois empresários presos na operação também foram soltos.
O magistrado entendeu que as prisões cumpriram seu papel e que a PF conseguiu obter as informações que precisava no período para “esclarecer os fatos apurados”.
Em nota, Celso Vilardi, advogado de José Seripieri Filho disse que juiz atendeu a um pedido da defesa para a revogação da temporária. “Tratava-se de uma prisão injustificada. Menos mal que sua soltura tenha sido antecipada”, disse o advogado.
Em nota, o senador José Serra disse que lamenta a espetacularização da investigação e que desconhece as acusações. Ele disse que “foi surpreendido esta manhã com nova e abusiva operação de busca e apreensão em seus endereços, dois dos quais já haviam sido vasculhados há menos de 20 dias pela Polícia Federal”. “A decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa.”
A Qualicorp confirma que ocorreu o cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua sede administrativa e disse que a nova administração da empresa fará uma apuração completa dos fatos. A empresa também afirmou que está colaborando com as autoridades públicas competentes.
“A companhia, em linha com o Fato Relevante divulgado nesta data, informa que houve busca e apreensão em sua sede administrativa e que a nova administração da empresa fará uma apuração completa dos fatos narrados nas notícias divulgadas na imprensa e está colaborando com as autoridades públicas competentes”, afirmou a nota da empresa.
Celso Vilardi, advogado que representa José Serpieri Júnior, disse que “os fatos investigados ocorreram há seis anos e os tribunais já rechaçaram várias vezes a delação como prova”.