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A 52ª fase da Operação Lava-Jato investiga crimes contra subsidiárias da Petrobras

Mandados judiciais foram cumpridos em Pernambuco e no Rio de Janeiro. (Foto: PF/Divulgação)

A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21), a 52ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de Greenwich. De acordo com informações da PF, as investigações apuram crimes contra subsidiárias da Petrobras, como a Petroquisa (Petrobras Química S/A), em favor do Grupo Odebrecht.

O ex-diretor da Petroquisa Djalma Rodrigues de Souza foi preso preventivamente no Rio de Janeiro. Ele já é réu na Lava-Jato. Houve um mandado de prisão contra Souza na 46ª etapa da operação, deflagrada em outubro do ano passado, mas o ex-diretor não chegou a ser preso por questões médicas.

O outro alvo de prisão é Douglas Campos Pedrosa de Souza. Os delitos investigados nessa nova etapa da Lava-Jato são corrupção, crimes financeiros e lavagem de ativos. Há ainda nove mandados de busca e apreensão. Eles são cumpridos nos municípios em Recife e em Timbaúba, no Estado de Pernambuco, e no Rio de Janeiro.

Troca de repasses

O Grupo Odebrecht foi favorecido na obtenção de contratos em troca de repasses de recursos a funcionários da Petrobras, segundo a PF. Essa troca de repasses, conforme a corporação, ocorria por meio da entrega de valores em espécie ou por meio de remessas para contas bancárias no exterior.

Documentos obtidos pelo MPF (Ministério Público Federal) comprovaram que, para receber os R$ 17,7 milhões remetidos pelo Grupo Odebrecht de modo dissimulado, foi utilizada uma conta bancária na Suíça, titularizada por empresa offshore controlada por filho do ex-funcionário público.

De acordo com o MPF, as movimentações financeiras e os rendimentos declarados por Djalma Rodrigues perante a Receita Federal do Brasil são incompatíveis com seus recebimentos regulares junto à Petrobras.

Em nota, a PF afirma que “o esquema criminoso identificado em várias oportunidades em contratações da Petrobras se repetiu também em suas subsidiárias”.

Greenwich

O nome da 52ª fase da Operação Lava-Jato remete a uma conta bancária mantida fora do Brasil, de acordo com a PF. Segundo a corporação, essa conta era destinada ao recebimento de valores indevidos e transferidos pelo Grupo Odebrecht para funcionários de subsidiárias da Petrobras para defender os interesses do grupo empresarial nas contratações.

Projetos da Petroquisa já foram investigados anteriormente pela operação, na 46ª etapa. Nove pessoas são rés no processo que se originou a partir dessa etapa da Lava-Jato. Entre elas, estão quatro ex-gerentes da Petrobras, ligados à estatal e à Petroquisa, incluindo Djalma Rodrigues de Souza.

Além deles, também foram denunciados quatro executivos da Odebrecht e uma agente que atuava com um representante do Banco Societé Générale, da Suíça. Todos se tornaram réus pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

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