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Brasil A alta do dólar vai afetar a inflação? Veja o que dizem os economistas

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A expectativa dos economistas, no entanto, é de que esse patamar de câmbio não se sustente nos próximos meses.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A disparada do dólar registrada nos últimos dias trouxe dúvidas sobre possíveis impactos na inflação. No pregão desta quarta-feira, 19, por exemplo, a moeda americana está cotada em R$ 5,47 e acumula alta 12,82% no ano. Só nos últimos 30 dias avançou 7,32%. A expectativa dos economistas, no entanto, é de que esse patamar de câmbio não se sustente nos próximos meses, segundo a própria sinalização de mercado apontada pelo Boletim Focus do Banco Central (BC).

Nesta semana, o documento revela que o mercado espera câmbio cotado a R$ 5,13 para este ano, um pouco mais apreciado do que na semana anterior (R$ 5,05). Apesar do avanço, a perspectiva é de que a moeda americana recue do patamar atual de R$ 5,40. De qualquer forma, a movimentação do dólar vai exigir acompanhamento minucioso nas próximas semanas. A moeda operou em alta ante o real durante toda a quarta-feira (19), chegando a ficar próximo dos R$ 5,50, mas perdeu força no final dos negócios para fechar com valorização de apenas 0,15%. O movimento se deu em meio à cautela dos investidores antes da divulgação da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre juros e a manutenção da Selic em 10,50% ao ano.

Segundo economistas, hoje o problema maior é o impacto das variações climáticas, como chuvas no Sul e seca nas regiões Central e no Norte do País, nos preços dos alimentos. Só nos últimos 30 dias, a moeda americana avançou 6,72%.

“A perspectiva não é tão dramática quanto a fotografia que temos agora, de um câmbio cotado a R$ 5,40″, afirma o economista da LCA Consultores, Fabio Romão. Ele argumenta que o retrato atual do câmbio está muito carregado por conta das incertezas sobre a condução dos juros nos Estados Unidos e em relação à política fiscal do País. “Isso está poluindo a cotação”, diz o economista, ressaltando que esses dois fatores devem perder força nos próximos meses.

De toda forma, Romão mudou a projeção de inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano, de 3,7% para 3,9%. A alta do câmbio médio para este ano, até maio previsto em R$ 5,07 e agora projetado em R$ 5,16, além do vigor do mercado de trabalho influenciaram na revisão para cima do IPCA de 2024. Mas o fator que mais pesou, segundo o economista, foi o impacto das enchentes no Sul e seus desdobramentos sobre os preços dos alimentos.

O economista Guilherme Moreira, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (IPC-Fipe) também está mais preocupado com os estragos do clima – chuvas no Sul e seca no Centro e Norte do País – sobre a produção de alimentos e seus preços do que com o câmbio.

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