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Mundo A Arábia Saudita pede calma para conter o acirramento das tensões entre Irã e Estados Unidos

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"Momento é muito perigoso", alertou o ministro Fayzal bin Farhan. (Foto: Reprodução)

Nessa segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita pediu calma para conter o acirramento das tensões entre Irã e Estados Unidos. O alerta engrossou o coro de manifestações de líderes do Oriente Médio após a morte do poderoso general iraniano Qasem Soleimani em um ataque realizado pelo Exército norte-americano com o uso de um drone militar.

“É certamente um momento muito perigoso”, alertou o titular da pasta, príncipe Fayzal bin Farhan, em entrevista a um grupo de jornalistas internacionais. “Esperamos que as partes envolvidas, bem como aliados de ambos os lados, tomem todas as medidas necessárias para evitar novas provocações e suas consequências negativas.”

Habitualmente aliada dos Estados Unidos, a Arábia Saudita é também o grande desafeto do Irã no Oriente Médio. A morte de Soleimani causou um ressurgimento das tensões entre Teerã e Washington e causa medo quanto ao início de um conflito armado no Oriente Médio, sem contar os temores relativos a possíveis retaliações por meio de atentados terroristas contra alvos norte-americanos, parceiros, apoiadores ou identificados com os Estados Unidos.

Considerado pela comunidade internacional como o segundo homem mais poderoso do regime de Teerã, Qassim Suleimani era considerado um herói nacional e comandava a Força Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária Iraniana, apontada como responsável pela invasão à embaixada norte-americana em Bagdá no início da semana passada.

O Irã nega participação na invasão. Já os Estados Unidos afirmam, por meio de nota emitida pelo governo, que “Soleimani estava desenvolvendo planos para atacar diplomatas americanos e membros do serviço no Iraque e em toda a região” e que, por isso, a resposta teve como objetivo “impedir futuros planos de ataque iranianos”.

Ambiente de tensão

Os dias que se seguiram ao ataque americano foram de tensão. Uma multidão de iranianos empunhando cartazes com palavras de ordem contra os Estados Unidos saiu às ruas para receber o corpo de Suleimani. O cortejo fúnebre pediu “morte à América”, “morte a Israel” e “morte à Arábia Saudita”.

Por enquanto, a primeira resposta do Irã foi a retomada do enriquecimento de urânio ilimitadamente. A decisão põe fim a um acordo costurado em 2015 pelo ex-presidente americano Barack Obama com apoio das potências europeias, mas abandonado em 2018 por Trump. O anúncio do Irã pode significar a fabricação de armas nucleares no futuro.

No Twitter, Trump ameaçou atacar locais culturais iranianos em uma “grande retaliação” se o Irã decidir revidar a morte de seu líder militar. Ele declarou que os Estados Unidos têm 52 alvos iranianos, alguns “em um nível muito alto e importantes para o Irã e a cultura iraniana”. Em resposta, O ministro das Relações Exteriores do Irã comparou os Estados Unidos ao grupo terrorista Estado Islâmico:

“Um lembrete para aqueles que alucinam sobre imitar crimes de guerra do Estado Islâmico, alvejando nosso patrimônio cultural: Através de milênios de história, os bárbaros chegaram e devastaram nossas cidades, arrasaram nossos monumentos e queimaram nossas bibliotecas. Onde eles estão agora? Ainda estamos aqui, e de pé.”

 

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