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A Arena do Grêmio amplia sistema de reuso da água da chuva

O sistema reduz os custos com consumo de água da concessionária, além de promover o uso racional dos recursos hídricos no estádio. (Foto: Rodrigo Fatturi/ Grêmio FBPA)

A Arena do Grêmio investe em diversas ações em prol do consumo consciente. Uma delas é o sistema de reaproveitamento da água da chuva que, atualmente conta com reservatórios com capacidade total de 480 mil litros de água. A partir das próximas semanas, esse sistema será ampliado e os reservatórios passarão a ter capacidade de armazenamento de 570 mil litros.

“Todo o processo de captação e utilização da água pluvial é automatizado: a água passa por um filtro e, posteriormente, é direcionada às descargas dos vasos sanitários, mictórios, ao abastecimento do sistema de combate a incêndio e à irrigação do gramado”, explica Vitor Stolnik, engenheiro eletricista do empreendimento.

O gramado da Arena é irrigado diariamente e gera um consumo de aproximadamente 20 mil litros de água por dia. Assim, com o reservatório em sua capacidade máxima, será possível irrigá-lo por cerca de trinta dias. Dessa forma, o sistema reduz os custos com consumo de água da concessionária, além de promover o uso racional dos recursos hídricos.

“Desde 2014 o Complexo possui a certificação internacional LEED Silver, um selo para empreendimentos verdes, que cumprem todas as exigências de uma construção sustentável”, finaliza Stolnik.

Teresina

Última entre as capitais do Nordeste em saneamento básico, Teresina conta com menos de 20% de coleta de esgoto e perde mais de 50% da água tratada. Preocupados com os problemas ambientais que isso pode provocar, teresineses têm apostado em projetos de captação e reuso desse líquido essencial para a vida.

O funcionário público Raimundo Darc começou a pesquisar o ciclo da água, ainda em 2000, quando pretendia abrir um posto de lavagem e procurava trazer um diferencial ao mercado. Ele tornou-se pioneiro no País ao criar a ideia da lavagem ecológica, que usa 100 litros, ao invés da convencional, que gasta 300 litros.

“Sempre gostei de fazer trabalhos diferentes. Primeiro comecei com a captação de águas pluviais através das calhas do galpão do posto e conservava nas caixas de 10 mil e três mil litros. Depois passei a estudar e fazer aos poucos o projeto de reuso da água utilizada nas lavagens dos carros”, contou o empresário.

Segundo Raimundo, a água pluvial excedente das caixas vai para um poço cacibão, que alimenta o lençol freático. No período chuvoso, ele chega a economizar 80% de água e energia, porque não precisa ligar a bomba. Nos meses mais quente do ano, o empresário se mantém na lavagem a seco e no reuso do líquido para reduzir o consumo.

Com a lavagem ecológica, o empresário conquistou prêmios nacionais e até fora do País. Além disso, ele conquistou a admiração de estudantes e professores interessados no projeto, que também tornaram-se clientes do posto devido a questão ambiental.

 

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