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A Assembleia Legislativa aprovou um projeto que libera a venda de bebidas alcoólicas em estádios do Rio Grande do Sul

O Projeto de Lei 198 de 2018, apresentado pelo deputado Gilmar Sossella (PDT) prevê venda de bebidas até o intervalo e depois do apito final das partidas. (Foto: Divulgação)

Os estádios do Rio Grande do Sul voltarão a vender bebidas alcoólicas.  A Assembleia Legislativa aprovou alteração em lei que vetava a comercialização nas praças de esporte. A mudança ainda depende de sanção do governador para valer já no início de 2019. A mudança foi aprovada por 25 votos contra 13.

O Projeto de Lei 198 de 2018, apresentado pelo deputado Gilmar Sossella (PDT) prevê venda de bebidas até o intervalo e depois do apito final das partidas. Em junho, os clubes gaúchos articulavam a mudança da lei.

“O retorno da comercialização de bebidas alcoólicas é uma forma de contribuir para a arrecadação de renda dos clubes, principalmente para as equipes do interior do Estado. Hoje essa venda ocorre até a porta do estádio e coloca em xeque a “lei seca” imposta dentro dos mesmos”, salientou Sossella.

A legislação que proíbe a venda nos estádios gaúchos está em vigor desde 2008. “Aderindo a sugestão do próprio Sindiclubes, a nossa proposição aprovada pelos colegas deputados prevê a comercialização em um período específico dos jogos, ou seja, até o intervalo e após o final das partidas. Essa prática já é feita na Alemanha e Estados Unidos, por exemplo, onde o público bebe em um intervalo limitado”, explicou Sossella.

O deputado também destaca que foram tomadas medidas para coibir excessos, com inclusão de penalidades para os consumidores e fornecedores que não respeitarem as regras. “Os bons torcedores não podem ser punidos pelo mau comportamento de uma minoria. Reforçar a vigilância, seja física ou eletrônica, é sim a maneira correta de garantir a segurança”, justificou.

O Sindiclubes reuniu apoio de equipes do interior e teve a dupla Grenal ao lado para falar com deputados e retomar a ideia de mudar o regramento.

O projeto de lei aprovado citou até a Copa do Mundo como argumento para encerrar a “lei seca” nos estádios gaúchos. O texto também versa sobre o consumo no entorno das praças antes da bola rolar. O movimento dos clubes se apoiou em pesquisa realizada pelo Instituto Methodus para desconectar ocorrências nas arquibancadas com o consumo de álcool.

“A realização da Copa do Mundo em nosso País serviu para refletir sobre a atual legislação estadual que trata da venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol. A presente atualização da legislação se mostra necessária e um avanço na atual lei. Há de se destacar que a própria Federação Internacional de Futebol  não se opõe à venda de álcool em partidas de futebol que são realizadas sob a sua responsabilidade”, disseram os parlamentares.

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