Carla Diaz foi a atriz escolhida para interpretar Suzane von Richthofen no filme que contará a história de um dos mais lembrados casos policiais do Brasil, confirmou o diretor Mauricio Eça. “A Menina que Matou os Pais” – título provisório do longa.
Carla iniciou a carreira ainda criança. Ficou conhecida ao viver a personagem Maria em Chiquititas (SBT) e popularizou a expressão “insh’Allah” ao interpretar Khadija da novela “O clone” (TV Globo), exibida entre 2001 e 2002. Seu último trabalho na TV foi uma participação em “Espelho da vida” (TV Globo), em 2018. Outros nomes do elenco do filme ainda não foram divulgados.
Segundo Eça – cujo currículo inclui o clipe de “Diário de um Detento”, dos Racionais MC’s, e dois filmes da franquia infantil “Carrossel” -, “A Menina que Matou os Pais” se concentrará no contexto dos assassinatos de Manfred e Marísia von Richthofen, pais de Suzane, em outubro de 2002.
“A história todo o mundo conhece. O que as pessoas não conhecem é o que precedeu a história”, disse em entrevista ao portal de notícias G1, em julho do ano passado.
Ele define a produção como um “thriller psicológico de suspense” e promete “detalhes e discussões nunca antes debatidos sobre o caso”.
O longa-metragem está previsto para chegar aos cinemas em 2020 e contará a história real da jovem que, com a ajuda do namorado e do cunhado, planejou o assassinato dos pais em 2002.
Atualmente, Carla Diaz ainda está em período de férias após o fim da novela “Espelho da Vida”. Apesar disso, ainda segundo a Quem, ela está animada com o projeto.
Em entrevistas recentes, a atriz, que já tem grande experiência nos palcos de teatro e na televisão, com várias novelas no currículo, já havia dito que as oportunidades no cinema eram um desejo profissional.
O crime
O casal Richthofen foi morto a pauladas enquanto dormia. O crime foi cometido pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, à época namorado e cunhado de Suzane. Ela foi condenada a 39 anos de prisão por ter sido considerada mentora da ação e cumpre pena em Tremembé (SP).
Daniel já cumpre pena no regime aberto. Cristian estava no mesmo regime, mas foi preso em 2018 após se envolver em uma confusão em um bar de Sorocaba (SP).
A pesquisa para reconstituição da história no filme durou cerca de seis meses e analisou arquivos públicos do julgamento, desde o assassinato até a condenação.
O roteiro é da criminóloga Ilana Casoy, autora dos livros “O quinto mandamento” (Arx, 2006), que reconstitui o assassinato, e “Casos de família” (Darkside, 2016), sobre a morte dos Richthofen e de Isabella Nardoni. O escritor de literatura policial Raphael Montes também assina.