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A atriz Débora Falabella revela que é perseguida por fã há dez anos

Há casos como o da atriz Débora Falabella, que revelou conviver com a situação há mais de dez anos. (Foto: Reprodução)

Presentes, mensagens invasivas, tentativa de invasão ao camarim e aparição na porta do condomínio. Esses são alguns dos episódios que compõe uma longa trajetória de stalking (perseguição, em português) que a atriz Débora Falabella vem sofrendo há mais de 10 anos.

O primeiro encontro da stalker (perseguidora, em português) com a atriz aconteceu no Rio de Janeiro, em 2013. Quando a mulher – moradora de Recife – era somente uma fã, encontrou Débora no mesmo elevador e pediu uma foto. Confira a cronologia dos eventos abaixo:

2013

Dias após encontrar a artista pela primeira vez, a mulher, hoje com 40 anos, enviou diversos presentes ao camarim da atriz, como uma toalha branca, objetos e uma carta com teor íntimo e invasivo.

2015

Em 2015, Débora estava com uma peça no Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro, quando a stalker aguardou num local restrito do teatro e tentou forçar a entrada no camarim da atriz. A tentativa foi frustrada pelos seguranças que a retiraram do local à força.

À época, a artista chegou a registrar o caso em uma delegacia pelo delito de ameaça, mas não continuou com o processo.

2018

O ano de 2018 foi marcado por outro episódio de perseguição. A mulher apareceu na primeira fileira de uma peça que Débora estava apresentando na cidade de São Paulo. Assim que a atriz entrou em cena, a mulher se levantou e saiu do teatro.

2022

A denunciada criou um grupo no Instagram com Débora e a irmã da atriz e passou a enviar diversas mensagens. Ela chegou a dizer que transa com a artista e falou em “loucura telepática”. Ela afirmou que tem conversas por telepatia com a atriz.

Segundo a defesa da atriz, o momento de maior pânico aconteceu em julho de 2022, quando a stalker apareceu na porta de seu condomínio na capital paulista, carregando malas de viagem.

Durante alguns minutos, ela permaneceu observando o apartamento da atriz, até que se dirigiu à portaria e pediu para entrar, mas não foi recebida.

No mesmo dia, no início da noite, a mulher voltou ao endereço e chegou a encontrar uma funcionária de Débora passeando com um cachorro, momento em que disse ter “encontros telepáticos” com a atriz, além de gritar seu nome.

O episódio motivou a apresentação de uma representação criminal contra a suspeita pelo crime de stalking, que tem pena de 6 meses a 2 anos.

Em mais uma tentativa de encontro, a mulher descobriu o endereço de uma pousada na Bahia em que Débora passava férias e novamente tentou contato com ela por intermédio da proprietária do estabelecimento. O evento ocorreu em dezembro de 2022.

Quando voltou a São Paulo, a atriz ainda descobriu que havia recebido uma encomenda enviada pela stalker – era o livro Romeu e Julieta, romance em que os protagonistas da história morrem, acompanhado de uma mensagem: “Para o meu Romeu, com muito amor”.

Depois desse episódio, a Justiça de São Paulo concedeu medida protetiva em favor de Débora Falabella no sentido de proibir a suspeita de manter contato com ela por qualquer meio de comunicação, além de frequentar os mesmos lugares que a atriz, mantendo distância mínima de 500 metros, sob pena de prisão.

2023

Em junho de 2023, o Ministério Público ofereceu denúncia, que foi recebida pela Justiça, o que tornou a suspeita ré pela prática de perseguição contra a atriz. Além disso, o juiz instaurou um incidente de insanidade mental para verificar se a mulher tinha ou não plena ciência dos atos praticados por ela e, consequentemente, se ela poderia cumprir algum tipo de pena em caso de condenação.

No entanto, em setembro de 2023, a suspeita descumpriu as medidas protetivas ao entrar em contato com Débora tanto pelo Instagram quanto pelo WhatsApp. Por isso, um mandado de prisão preventiva foi expedido em outubro daquele ano.

2024

Em março de 2024, a mulher foi presa pela Polícia Civil de Pernambuco por descumprir a medida protetiva. A prisão ocorreu numa clínica psiquiátrica em Camaragibe, no Grande Recife, e a suspeita foi levada à Colônia Penal Feminina do Recife, no bairro da Iputinga, na Zona Oeste da capital.

A suspeita solicitou a revogação da prisão e alegou transtornos mentais (esquizofrenia e bipolaridade), mas a Justiça negou o pedido e reiterou a necessidade de realização de um exame psiquiátrico. No final do mês, a mulher foi submetida a uma perícia psiquiátrica, sendo diagnosticada com esquizofrenia.

Após a divulgação do laudo pericial que a considerou inimputável (incapaz de compreender a ilicitude de seus atos), a prisão preventiva da mulher foi revogada, mas ela ainda deve cumprir todas as medidas cautelares de afastamento da atriz, sob pena de internação provisória.

 

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