Terça-feira, 22 de abril de 2025

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Fabio L. Borges A beleza do invisível

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É na simplicidade que reside a verdadeira riqueza

Foto: Divulgação
É na simplicidade que reside a verdadeira riqueza. (Foto: Divulgação)

Nossa vida é o que nossos pensamentos fazem dela. A vida, com suas reviravoltas, nos apresenta lições disfarçadas. O estoicismo, filosofia de origem grega, ensina a valorizar o que realmente importa. Às vezes, é preciso perder para aprender a ver.

Acompanhe essa pequena história

Imagine Igor, um homem humilde que enfrenta as dificuldades do cotidiano e a responsabilidade de sustentar sua família. Sem perspectivas, luta contra a depressão, sentindo-se impotente diante das dificuldades que o afligem. De repente, sua vida muda: ele acerta na Mega-Sena e ganha uma fortuna. Igor ajuda mãe, irmãos e amigos, tomado por uma euforia jamais vista. O mundo parece ser dele.

No entanto, a farra do dinheiro fácil o consome. Seis meses depois, um acidente de trânsito muda tudo. Dirigindo sua caminhonete de luxo, Igor e sua esposa sofrem graves consequências: ela fica com sequelas, como dores e dificuldade para caminhar; ele perde completamente a visão.

Nova fase, nova perspectiva

Cego, Igor depende da sogra para gerir seus negócios e descrever o mundo à sua volta. Gananciosa, ela dilapida seu patrimônio, mas, para enganar Igor, descreve cenários paradisíacos que não existem. Ele, sem perceber as perdas, absorve essas narrativas com alegria. Apesar dos maus investimentos, ainda há dinheiro para uma vida digna, mas longe do luxo que ele imagina. Em viagens a lugares simples, como o litoral norte do Rio Grande do Sul, a sogra descreve águas cristalinas e paisagens encantadoras, que Igor imagina com entusiasmo e se sente muito feliz dessa maneira.

A verdadeira visão

O que é essa cegueira senão uma metáfora para nossa visão limitada? Nossa vida é o que nossos pensamentos fazem dela. Se enxergássemos como Igor, perceberíamos a riqueza ao nosso redor: comida na mesa, água potável, um teto sobre nossas cabeças. O homem comum de hoje vive melhor do que um rei da Idade Média, mas a diferença está na perspectiva.

No filme “O Amor é Cego”, o protagonista (o ator Jack Black) descobre a beleza interior das pessoas, após ter sido hipnotizado.

Igor, em sua nova realidade, encontra felicidade nas pequenas coisas: a risada da filha, o calor do sol, o som das ondas, o aroma do café matinal, o canto dos pássaros. Sensações que sempre estiveram ali, mas que ele nunca valorizou.

É chocante pensar que essa ilusão pode ser mais gratificante do que a realidade dispersa em obrigações. Igor não sente falta do luxo porque acredita que já possui. Ele aprendeu a encontrar alegria nas delícias simples e nos relacionamentos autênticos.

Análise

Esquecemos de valorizar o que importa, deixando-nos levar pela comparação. A verdadeira riqueza está em amar e apreciar o presente. Se enxergarmos com o coração, encontraremos contentamento mesmo nas adversidades.

Que possamos aprender a ver com o coração e descobrir que é na simplicidade que reside a verdadeira riqueza. A beleza do invisível é encontrar alegria no comum, valorizar o presente e viver com gratidão, independentemente das circunstâncias.

Espero que este texto ajude a abrir seus verdadeiros olhos e entender que não é preciso ser rico nem cego para compreender a beleza de nossas vidas.

* Fabio L. Borges, jornalista e cronista gaúcho

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