Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de julho de 2019
A Boeing não descarta reduzir ou temporariamente interromper a produção do 737 MAX se as previsões de retorno a serviço da aeronave forem revisadas, disse nesta quarta-feira (24) o presidente-executivo da empresa, Dennis Muilenburg. As informações são do portal G1.
A Boeing cortou a produção de seu jato de passageiros mais vendido em 20% em abril, de 52 para 42 unidades, semanas após autoridades ao redor do mundo determinarem a suspensão dos voos do avião após duas quedas de unidades do modelo em poucos meses.
Boeing estima que o retorno a serviço do avião vai começar “no início do quarto trimestre” e baseia-se nesta previsão para manter a produção do jato em 42 unidades por mês, elevando para 57 mensais em 2020, disse Muilenburg a analistas.
A Gol é cliente da Boeing, que no começo do ano acertou a compra da divisão de aviação comercial da também brasileira Embraer.
O executivo disse que a Boeing seguirá avaliando os planos e adicionou: “Se nossa estimativa de retorno ao serviço mudar, talvez precisemos considerar novas reduções na produção e outras opções, incluindo fechamento temporário da produção do MAX.”
Boeing e Embraer
Os acionistas da Embraer aprovaram o acordo sobre a venda da divisão comercial da empresa para a Boeing, durante assembleia geral extraordinária realizada em fevereiro deste ano. Pelo acordo, a Boeing deverá pagar US$ 4,2 bilhões por 80% da nova companhia. A Embraer ficará com os 20% restantes.
A assembleia foi uma das etapas finais para decidir o rumo do negócio com a Boeing, que dependia do aval dos investidores.
Segundo a Embraer, 96,8% dos votos válidos foram favoráveis à transação, com a participação de aproximadamente 67% de todas as ações em circulação.
Os negócios de defesa e jatos executivos e as operações de serviços da Embraer associados a esses produtos permanecerão como uma empresa independente e de capital aberto.
Em meados de janeiro, a Embraer informou que espera que suas receitas caiam em cerca de 50% em 2020 diante da separação da divisão comercial do restante da empresa. A companhia também afirmou que espera reverter um fluxo de caixa negativo de 2018, com o efeito da entrada de recursos da Boeing e previu fluxo positivo de US$ 1 bilhão com a conclusão da operação, de acordo com a Reuters.
A proposta aprovada prevê a criação de uma joint venture (empresa formada a partir de duas) composta pelas operações de aeronaves comerciais e serviços da Embraer, avaliada em US$ 5,26 bilhões.
Os acionistas da Embraer também aprovaram a criação de uma joint venture para promover e desenvolver novos mercados para o avião multimissão Embraer KC-390.