Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de janeiro de 2024
Levantamento divulgado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) mostra que os idosos (60 anos ou mais) ainda predominam entre os mortos no trânsito de Porto Alegre. Somente no passado foram 25 casos fatais envolvendo esse segmento populacional, o que representa dos 35% do total de 71 óbitos em acidentes desse tipo na cidade.
Para reverter esse quadro, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMU) tem adotado uma séria de ações, no âmbito do Plano de Segurança Viária, lançado em setembro de 2022 e que estabelece diretrizes de planejamento, gestão e metas em sintonia com os propósitos de desenvolvimento sustentável definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) pela chamada “Agenda 2030”.
É o caso das ações de educação e fiscalização destinadas a coibir comportamentos imprudentes e irregularidades por parte de pedestres, motoristas, ciclistas e motociclistas. “Estudamos os perfis das vítimas perdidas ao longo do ano e o mapa da acidentalidade para entender o cenário dos fatos ocorridos e evitar novos acidentes e mortes”, destaca o diretor-presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto.
Em novembro e dezembro do ano passado, por exemplo, equipes de “azuizinhos” deflagraram a operação “Final de Ano”, que consiste em orientações a idosos que circulam pelos locais mais críticos para acidentes de trânsito. O ponto de mobilização mais intensa foi o trecho da avenida Osvaldo Aranha próximo ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), no bairro Bom Fim.
Principais dicas aos “tiozinhos” e velhinhos: aguardar o tempo de abertura do semáforo antes da travessia, manter atenção constante ao fluxo de veículos, inclusive para as motocicletas que trafegam por entre os carros e bicicletas que se aproximam silenciosamente pelas ciclovias.
Também está em fase de estudo a redução do limite de velocidade para 60 Km/h em ruas e avenidas onde se observa alto índice de acidentes. Abrange, ainda, a ampliação do número de lombadas eletrônicas. A cidade conta com 38 pontos monitorados, oito dos quais passaram a funcionar em dezembro.
A estratégia é avaliada mediante estudos técnicos que comprovem a necessidade desse tipo de melhoria para tornar o trânsito mais seguro para motoristas, motociclistas, pedestres e ciclistas.
Estatística geral
As 71 perdas humanas em acidentes de trânsito durante 2023 ficaram 4% abaixo do número registrado pela EPTC no ano anterior (74 vítimas).
O levantamento também mostra que os veículos mais presentes nessas ocorrências foram os automóveis e principalmente as motocicletas – estas últimas com 39 mortes (cinco pedestres e 30 condutores, dos quais 12 não estavam habilitados).
(Marcello Campos)